O Presidente Lula participou na segunda-feira (21), em Santiago, Chile, uma reunião de alto nível sobre defesa da democracia, organizada pelo presidente chileno Gabriel Boric. O evento reuniu líderes políticos, movimentos sociais e representantes da sociedade civil da América Latina.
“Se você não quer envelhecer, encontre uma causa para viver. E a minha é a luta contra a desigualdade no nosso planeta Terra”, disse Lula, comentando sua trajetória política e pessoal.
O presidente relembrou o golpe no Chile em 1973 e mencionou o papel do país como refúgio para políticos perseguidos durante as ditaduras militares na América Latina. “Este país era asilo contra a opressão. Aqui, Paulo Freire, Darcy Ribeiro, Marco Aurélio Garcia, Emir Sader e muitos outros brasileiros receberam abrigo”, disse ele.
Lula apontou que os avanços democratas feitos na região foram o resultado de lutas sociais e populares, mas hoje eles enfrentam novos riscos. “Nós recuperamos a liberdade nas ruas, lutando duro em trégua. Hoje, essas realizações estão novamente sob controle”, disse ele.
Ele apontou a desinformação como um dos principais desafios atuais. “A desinformação corroge a verdade. Os inimigos da democracia não recorrem mais a tanques. Eles controlam algoritmos, semeando o ódio e espalhando medo”, disse ele.
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Desigualdade e papel de estado
O presidente criticou os efeitos do neoliberalismo e da concentração de renda. “No meio dos escombros do neoliberalismo, temos um legado de uma massa de presas fáceis e desinfeitadas e excluídas e excluídas de aventureiros que negam a política”, disse ele. Segundo ele, “1% das pessoas mais ricas do Planet Control 45% da riqueza global”.
Lula defendeu a retomada do papel do estado como um instrumento para afetar os direitos e combater a pobreza. “A democracia não é apenas votar. Está tendo comida na mesa. Está tendo uma casa. Vendo seus filhos na universidade e desfrutar de lazer e cultura”, disse ele. Ele também citou o Papa Francisco: “Não há fome de democracia, nenhum desenvolvimento com pobreza, sem justiça com desigualdade”.
Clima e redes sociais
Sobre a crise climática, Lula defendeu objetivos mais ambiciosos e reforçou a importância da COP30, que será realizada na Amazônia. “Sem objetivos ambiciosos, não impediremos que o aquecimento global exceda 1,5 grau”, afirmou. Ele também mencionou o papel das comunidades tradicionais na preservação ambiental: “Sob cada despensa de árvores, há um indígena, uma quilombola, um rio, uma árvore de borracha e uma extrativa que precisa sobreviver”.
Ao lidar com plataformas digitais, Lula defendeu uma regulamentação mais clara e mais rigorosa. “O que é um crime na vida real deve ser um crime no ambiente digital”, disse ele. “As redes digitais não são uma terra sem lei, onde é possível impor impunidade contra a democracia, incitar ódio e violência”.
Lula concluiu o discurso com uma mensagem sobre esperança e engajamento social. “A história nos ensina que nenhum revés é apoiado pela mobilização popular”, disse ele. Ele também expressou otimismo sobre o futuro: “Peço a Deus que me permita viver até os 120 anos. Porque a ciência diz que quem vive 120 anos nasceu. Eu afirmo ser eu”.
O presidente terminou com uma saudação: “Viva a democracia. Viva o direito de viver em paz em um mundo mais justo e soberano”.
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