O Fórum Econômico Mundial anunciou na segunda -feira (21) que seu fundador, Klaus SchwabDeixou o conselho da entidade, marcando um novo capítulo na história da organização que reúne líderes empresariais e líderes políticos em torno de sua reunião anual no Davos Swiss Resort.
Schwab informou ao Conselho da WEF que “ao entrar no meu 88º ano de vida, decidi deixar o cargo de presidente e também me retirar como membro do Conselho de Curadores, com efeito imediato”.
Peter Brabeck-Letmathe, o atual vice-presidente, assumirá a presidência do conselho, enquanto um comitê de pesquisa foi criado para escolher um sucessor definitivo.
Os conselhos do fórum elogiaram as “conquistas extraordinárias” de Schwab nos 55 anos em que ele estava encarregado da organização.
“Numa época em que o mundo passa por transformações rápidas, a necessidade de um diálogo inclusivo para lidar com a complexidade e a forma do futuro nunca foi tão urgente”, disse a instituição em uma nota oficial.
“O fórum continuará reunindo líderes de todos os setores e regiões para trocar idéias e promover a colaboração, com base em seu papel consolidado da confiança”, acrescentou.
Uma vitrine global de rede
Nascido em 30 de março de 1938, em Ravensburg, Alemanha, Klaus Schwab estudou nas universidades suíço e Harvard nos Estados Unidos. PhD em engenharia e economia, acumula mais de uma dúzia de títulos de doutorado honorário.
Em 1971, quando ele ainda era um professor pouco conhecido na Universidade de Genebra, ele fundou o Fórum de Administração Europeia, que mais tarde se tornaria o Fórum Econômico Mundial.
A primeira edição do evento, realizada no mesmo ano, teve menos de 500 participantes, segundo relatos. Desde então, a conferência cresceu exponencialmente, atraindo milhares de participantes todos os anos.
Schwab expandiu o alcance da reunião, convidando não apenas líderes políticos e empresariais, mas também representantes de ONGs, sindicatos e organizações da sociedade civil. Com isso, ele transformou Davos em um prestigiado espaço de networking e troca de idéias, reunindo algumas das figuras mais influentes do planeta em debates, painéis e encontros sociais nos Alpes suíços.
Além da reunião anual de Davos, o fórum começou a organizar reuniões regionais e centros temáticos destinados a questões como cadeias de suprimentos, segurança cibernética, mudança climática, energia e sistemas financeiros globais.
A organização se define como uma “plataforma global, imparcial e sem fins lucrativos que promove conexões significativas entre as partes interessadas, com o objetivo de fortalecer a confiança e promover iniciativas de cooperação e progresso”. Sua missão, diz ele, é “melhorar o estado do mundo”.
O ‘homem de Davos’ e as críticas
Apesar da relevância global, o Fórum Econômico Mundial também acumula críticas. Muitos apontam que as reuniões de Davos atuam como uma zona segura para o lobby corporativo com governos, sem transparência ou supervisão adequada.
O evento inspirou o termo “homem de Davos” – uma referência à capacidade globalizada, rica, influente e forte de moldar decisões em escala internacional.
Schwab e o fórum tornaram -se alvos frequentes das teorias da conspiração. Depois de classificar a primeira cúpula pós -pandeia no pós -pandeia como “grande reinicialização”, os conspiracistas começaram a acusá -lo de liderar uma suposta elite global comprometida em dominar ou mesmo exterminar parte da humanidade.
Infelizmente, as alegações circulam em redes sociais de que as decisões secretas em Davos estariam por trás de epidemias, pedofilia e até fome em massa.
O próprio Elon Musk, proprietário da plataforma X, disse até que Schwab “quer ser imperador da Terra”.
Não é de surpreender que a desinformação aparecesse no topo da lista de riscos globais de curto prazo no mais recente relatório de risco do Fórum Econômico Mundial.
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