O prazo imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, para a Rússia encerrar o conflito territorial na Ucrânia expira na sexta -feira (8). O mercado acompanha o alerta para ver se a Casa Branca aplicará sanções fortes aos clientes russos do petróleo.
Cada vez mais impaciente com o Kremlin, Trump prometeu “cerca de 100%” tarifas secundárias sobre os parceiros de negócios da Rússia se Moscou não terminar a invasão. Inicialmente, ele estabeleceu um período de 50 dias, depois reduzido.
O fim da guerra na Ucrânia se tornou uma prioridade da política externa de Trump. No início de seu mandato, ele adotou uma aproximação de Moscou, mas, diante da falta de avanços diplomáticos, aumentou a pressão sobre o Kremlin.
Condições russas para cessar -fogo e negociações recentes
No centro do impasse entre a Rússia e a Ucrânia estão as demandas de Putin: o fim do conflito só seria possível se Kiev desistisse de ingressar na OTAN e se Moscou mantivesse o controle das quatro regiões ucranianas anexadas durante a guerra. A Rússia também quer um resultado definitivo para a guerra e já havia defendido novas eleições na Ucrânia.
No início desta semana, o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, esteve em Moscou para uma reunião de última hora com Putin – uma reunião que Trump classificou como “muito produtiva”. “Todo mundo concorda que essa guerra precisa terminar, e trabalharemos para isso nos próximos dias e semanas”, disse o presidente dos EUA na quarta -feira (6).
Incertezas sobre a manutenção do prazo
No entanto, o otimismo de Trump parece ter diminuído, apesar das especulações sobre uma possível reunião com o presidente russo nos próximos dias.
Questionado na quinta -feira (7) manteria o prazo até esta sexta -feira (8) para Vladimir Putin, Trump respondeu: “Vamos ver o que ele dirá. Agora isso depende dele. Estou muito decepcionado”.
O que está em risco para a Rússia é perder os poucos clientes que ainda são deixados para seus petróleo e derivados, pois os países do G7 não podem mais comprar via transporte marítimo. Por meio do esquema G7, os países fora do grupo mantêm o acesso apenas aos sistemas de transporte e seguro ocidentais se comprar petróleo russo dentro do teto de preço estabelecido.
A economia russa, já impactada pelas sanções, depende fortemente das exportações de petróleo, pois está cada vez mais isolado no cenário internacional. A projeção de crescimento é de apenas 1,4% este ano, muito menor que os 4,3% registrados em 2024, de acordo com o Banco Mundial.
Impacto das tarifas secundárias e pressão sobre a Rússia
Se Trump continua com a criação dessas tarifas secundárias, sua retórica cada vez mais dura pode deixar os compradores de petróleo russo diante de uma escolha difícil: continue a adquirir petróleo barato ou negociar com os EUA sob condições mais vantajosas. O primeiro uso dessas taxas está programado para 27 de agosto, quando a Índia, um grande consumidor de petróleo russa, deve ser atingida por uma sobretaxa de 25% (totalizando 50%).
“É muito significativo que Trump tenha decidido pressionar seu amigo Narendra Modi, Índia, e não o próprio Putin”, disse Tina Fordham, fundadora da Fordham Global Premoesight, ao programa ao programa Squawk Box Europeda CNBC, nesta sexta -feira (8).
“Isso mostra que o presidente Trump, de fato, está muito relutante em colocar pressão direta sobre Putin. Tanto que ele está disposto a arriscar o relacionamento com a Índia, um dos aliados mais importantes nos EUA no contexto das relações com a China”.
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