Além da seca, os produtores de Piauí Honey enfrentam este ano outro desafio: as novas tarifas impostas pelo governo de Donald Trump. De acordo com Antonio Leopoldino, apicultor e diretor da CASA APIS, em uma entrevista exclusiva com Times Brasil – Licenciado exclusivo da CNBC – O setor pode perder mais de 50% das exportações.
“Tivemos uma raça de colheita de 40% a 50%. Não está totalmente determinada, mas está nessa faixa. E para concluir, essa edição das tarifas chega. É um momento preocupante e aqui estamos lutando para sobreviver sob essas condições”, diz o diretor.
Ele ressalta que, no Brasil, o consumo de mel é baixo e o redirecionamento para o mercado doméstico pode ser difícil. “Tradicionalmente, não consomemos mel. Se você fizer uma comparação com países como América do Norte e Europa, eles consomem de 1.200 a 1.400 gramas de mel por pessoa. Temos um consumo de 240 a 250 gramas, concentrado no sul e sudeste”.
Segundo Antonio, o Brasil atualmente produz 65 mil toneladas de mel, mas apenas 53% são consumidas no mercado doméstico. Os 47% restantes vão para o mercado estrangeiro, com 82% a 84% para os Estados Unidos. “Temos que reverter essa situação e, se aumentarmos um pouco o consumo doméstico, não teremos mel suficiente para exportar”.
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Mel até dezembro
O mercado americano, o maior comprador de mel brasileiro, continuará comprando até dezembro, mesmo com a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos.
“Tínhamos um contrato com eles até dezembro, então, até então, é garantido. Continuaremos a fornecer nas mesmas condições. Eles estão assumindo essa tarifa que, quando chegar lá, eles pagarão. Nossa comercialização está na modalidade do FOB. Nossa responsabilidade termina a partir do momento em que entregamos as mercadorias no Porto e fazemos a ordem alfandegária.
Ele ressalta que é hora do setor de mel diversificar os clientes. Para ele, os quatro meses restantes passam rapidamente e não podem ser esperados até janeiro para evitar perdas significativas na receita. “Quatro, cinco meses passam muito rápido. Portanto, temos essa chance de trabalhar durante esse período para procurar novas alternativas de mercado e também um pouco de consumo de mel em expansão aqui no país”.
Ajuda do governo
Quando perguntado sobre a importância do governo federal em contornar a crise, o diretor das APIs da CASA disse que o setor de mel dependerá do apoio do governo.
“Temos uma feira mundial que acontece a cada dois anos. Agora, na Dinamarca, teremos Apimondia, o Congresso da Apicultura Mundial. Seria muito importante participar dessa justa. Precisamos de apoio do governo para estar presente, porque haverá todos os exportadores e importadores. Portanto, há uma maior chance de negócios finais em outros mercados”, ele concluirá.
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