O dólar registrou uma queda significativa na segunda -feira (30), fechando em US $ 5,43, o nível mais baixo desde setembro do ano passado. Após um aumento de 27,34% até 2024, a moeda dos EUA encerrou a primeira metade de 2025 com uma desvalorização de 12,07% do real.
O dia foi caracterizado por uma nova rodada de enfraquecer o dólar no cenário global, bem como uma queda nas taxas de tesouro. Isso ocorreu devido à crescente percepção de que o Federal Reserve (Fed) poderia reduzir as taxas de juros no final deste ano em meio a críticas ao presidente dos EUA, Donald Trump.
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Moedas de países emergentes, como Real, também se beneficiaram do aumento do apetite de risco, impulsionado pelos sinais de que os EUA poderiam fechar importantes acordos comerciais antes de 9 de julho. As negociações com o Canadá serão reiniciadas após a revogação de impostos sobre empresas de tecnologia dos EUA.
Dólar a US $ 5,43: mínimo em 9 meses com alimentado no horizonte
Com o dólar atingindo um mínimo de R $ 5.4247 à tarde, a moeda terminou o dia em queda de 0,89%, para R $ 5.4341, o menor fechamento desde 19 de setembro de 2024. O real alcançou o melhor desempenho entre as principais moedas globais, seguidas pelo peso chileno.
Cristiano Oliveira, diretor de pesquisa econômica da Banco Pine, que em maio previu a queda do dólar para US $ 5,40, vê espaço para uma nova rodada de desvalorização da moeda. “Nossos modelos de curto prazo apontam que o ritmo de apreciação do real deve diminuir, mas a apreciação continua sendo a tendência para os próximos dois, três meses. Acreditamos em dólar a US $ 5,33 até meados de agosto”, diz Oliveira.
No cenário internacional, o índice DXY, que mede o comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis moedas fortes, caiu cerca de 0,50%, quebrando o piso dos 97.000 pontos, com um mínimo de 96.806 pontos. O índice do dólar termina em junho com perdas de aproximadamente 2,6%, elevando a desvalorização do ano para quase 11%, o nível mais baixo desde março de 2022.
Os economistas veem US $ 5,30: o fim da força do dólar?
Eduardo Velho, economista -chefe da Equador Investimentos, ressalta que dados recentes dos EUA, como o índice de preços de gastos com consumidores pessoais (PCE) e a queda nas expectativas da inflação da Universidade de Michigan, reforça a perspectiva de cortes de juros do Fed no segundo semestre. “Também temos um componente estrutural, que é a perda de apelo do dólar como uma reserva a favor das mercadorias de metal, especialmente ouro, desde o Dia da Libertação, que trouxe muita incerteza sobre a economia americana”, diz Old.
Alex Lima, fundador e estrategista -chefe da Economics, projeta mais apreciação real e diz que seus modelos apontam para uma taxa de câmbio próxima a US $ 5,30. “Temos uma visão mais fraca do dólar global, com a execução desconhecida das políticas comerciais e econômicas de Donald Trump”, diz Lima. No Brasil, a preocupação com o cenário fiscal permanece em segundo plano, com os investidores antecipando uma possível troca de governo a uma gerência de “um pouco mais de impostos” após as eleições de 2026. “Vemos alguns sinais de que o mercado está precificando menos riscos”, acrescenta ele.
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