Em uma entrevista com CNBCo analista Tim Seymour, CIO da Seymour Assets Management, comentou o cenário atual do comércio entre Brasil e Estados Unidoscom foco especial no setor de café e fez uma avaliação da dinâmica econômica e política envolvendo mercados emergentes.
Segundo o especialista, o comércio de café brasileiro com os EUA é emblemático no uso de tarifas como uma ferramenta de política externa. “O Brasil fornece quase 31% do nosso café, é um negócio importante”, disse ele.
Seymour também apontou que a recente adoção de tarifas agressivas pelo governo Trump, contra o Brasil e outros países como a Índia, reflete um movimento que historicamente foi bem -sucedido.
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O analista lembrou que o Brasil, um sólido parceiro comercial tradicional dos EUA, estava alinhado em várias políticas geopolíticas. No entanto, com o fortalecimento do BRICS, especialmente após a reunião no Rio de Janeiro, há cerca de um mês, os relacionamentos passaram por um momento de tensão.
“O BRICS está no espelho dessa disputa, especialmente considerando a posição em relação ao comércio russo de petróleo”, explicou.
Renascimento econômico
Apesar das tensões, ele apontou que o Brasil e outros mercados estrangeiros sofreram um renascimento econômico nos últimos seis meses, o que pode não se refletir totalmente nas notícias.
“O Real Brasileiro teve uma apreciação significativa nas últimas semanas, marcando seis máximos consecutivos em relação ao dólar”, disse ele, observando que um dólar mais fraco tem sido uma estratégia silenciosa do atual governo dos EUA.
Sobre investimentos, o analista disse que a exposição a mercados estrangeiros tem sido fundamental no desempenho dos últimos nove meses. Ele citou um recente ajuste fiscal no Brasil como um fator emocionante e enfatizou que investir no país significa apostar em uma classe média crescente.
Empresas brasileiras tradicionais, como Petrobras e ValeEles foram mencionados como exemplos de empresas que conseguiram melhorar seus perfis de dívida e organizar suas finanças nos últimos cinco anos.
Finalmente, o especialista expressou otimismo sobre o futuro: “Gosto de investir no Brasil e na América Latina. Desde que Trump assumiu, os mercados emergentes reivindicaram, mesmo diante de uma política destinada principalmente aos EUA. Acredito que os fundamentos desses mercados permaneçam sólidos”.
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