Mesmo com alguns produtos na lista de isenção de tarifas de Trump, os fabricantes de alumínio estimam que as perdas do setor podem atingir R $ 1,15 bilhão este ano, se o imposto de 50% dos produtos brasileiros entrará em vigor a partir de 6 de agosto, conforme o esperado.
Eles entraram na lista de produtos isentos de alumina, entrada essencial para a produção de alumínio primário e outras aplicações industriais. Fora da lista de exceções estavam as exportações de bauxita, hidróxido de alumínio, óxido de alumínio e cimento aluminoso.
A nova tarifa recíproca não será cumulativa para a taxa atual desde junho, disse a Associação Brasileira de Alumínio (ABAL), após análise preliminar da ordem executiva assinada pelo presidente Donald Trump ontem. “Embora não -consumulativo represente alívio parcial, os impactos diretos das medidas já são expressivos”, escreve a entidade.
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Isso ocorre porque, em 2024, os Estados Unidos representaram o terceiro destino principal para exportações na indústria de alumínio brasileiro, atrás apenas do Canadá e da Noruega. As vendas dos EUA representaram 14,2% das exportações do setor, equivalentes a US $ 773 milhões (R $ 4,3 bilhões).
A entidade estima que cerca de um terço deste total está atualmente sujeito a 50%de sobretaxa “, o que tornará inviável acessar vários produtos ao mercado dos EUA”.
Com as taxas já impostas no primeiro tempo, as exportações brasileiras de produtos de alumínio sujeitas a sobretaxas recuaram 28% em comparação com o mesmo período de 2024 – uma perda de US $ 46 milhões (R $ 350 milhões). Isso se deve ao impacto das taxas anteriores de 10% (em vigor até 12 de março) e 25% (entre 12 de março e 3 de junho).
“Com o aumento para 50% da seção 232 e a expansão do escopo tarifário da lista recíproca, o dano total ao setor pode atingir US $ 210 milhões (mais de R $ 1,15 bilhão), considerando os efeitos diretos já contabilizados e estimativas para o final do ano”, escreve a entidade.
Riscos indiretos também crescem
Abal também diz que há um risco de efeitos indiretos em toda a cadeia de suprimentos. Até 2024, o Brasil exportou cerca de 1,3 milhão de toneladas de alumina para os Estados Unidos, um volume usado na produção de aproximadamente 90% do alumínio primário americano.
A entrada também é exportada para o Canadá, onde o produto é responsável por 64% da transformação do alumínio primário canadense – metal, que por sua vez fornece uma parte importante da demanda industrial dos EUA.
“Considerando a forte integração produtiva entre os países atlânticos, existe o risco de que os efeitos das tarifas se estendam a produtos não adquiridos devido aos desequilíbrios gerados em estágios distintos da cadeia”, escreve a entidade em comunicado.
“A ruptura da complementaridade regional pode afetar a oferta, redirecionar fluxos comerciais e comprometer a previsibilidade das operações industriais nos três países”.
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