Durante uma conferência de imprensa ao lado do presidente francês Emmanuel Macron, o presidente Luiz Inacio Lula da Silva afirmou que o Brasil mantém sua posição contrária à ocupação territorial russa na Ucrânia e continuará contribuindo com esforços para um acordo de paz. O Petista também destacou conversas com líderes internacionais em busca de uma solução negociada.
“A insanidade mental da guerra já está comprovada. A guerra não constrói nada, ela destrói”, disse Lula, comentando ataques recentes e o risco de escalada do conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
O presidente brasileiro relatou que o país, em parceria com a China, apresentou uma proposta assinada por 13 países emergentes para formar um “grupo de amigos” com o objetivo de intermediar uma saída diplomática para o conflito. Segundo ele, a proposta foi discutida com os presidentes XI Jinping e Vladimir Putin, incluindo uma sugestão para o líder russo participar pessoalmente das negociações em Istambul.
Lula disse que respeita as decisões tomadas pelos líderes soberanos, mas disse acreditar que a mediação internacional pode abrir espaço para o diálogo. Também mencionou que o Brasil continuará a colaborar quando houver uma disposição de ambas as nações para buscar uma solução conjunta.
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Macron aponta a Rússia como responsável pelo impasse
Em seu discurso, o presidente Emmanuel Macron foi direto para afirmar que “existe um agressor, Rússia e uma Ucrânia agredida” e que ambos os lados não podem ser tratados com equivalência.
Macron disse que a proposta de cessar -fogo dos Estados Unidos foi aceita pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelensky em março durante uma reunião de Jeddah, mas rejeitado por Vladimir Putin. Para o líder francês, a recusa russa em negociar é um obstáculo à paz e viola a carta das Nações Unidas.
O presidente francês também afirmou que o Brasil desempenha um papel importante nas negociações, especialmente por sua iniciativa conjunta com a China. Ele defendeu o multilateralismo e enfatizou a necessidade de pressão coordenada de países como Brasil, EUA, China e Índia sobre a Rússia para acabar com o conflito e a paz duradoura a ser construída.
Críticas à ONU e defesa de reforma
Lula e Macron também criticaram o enfraquecimento político das Nações Unidas. O presidente brasileiro disse que a ONU tem pouco poder de influência nos conflitos armados e defendeu uma reforma no Conselho de Segurança para torná -la mais representativa e eficaz diante das crises internacionais.
Lula também enfatizou que “quando os dois querem negociar paz, estaremos dispostos a fazer nossa contribuição”, mas enfatizou que a iniciativa precisa deixar a Rússia e a Ucrânia.
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