Bulgária está prestes a se tornar o 21º membro do zona do euro Depois de receber a aprovação da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu na semana passada. No entanto, nem todo mundo está convencido de que essa mudança é uma boa ideia.
O primeiro-ministro búlgaro Rosen Zhelyazkov, membro do Partido Centro-direito Gerb, priorizou a zona do euro, argumentando que isso aumentaria a estabilidade e o crescimento econômicos.
No entanto, o medo de preços mais altos e a perda de protestos alimentados por independência incentivados pelos partidos nacionalistas contra a entrada do país na zona do euro. Uma pesquisa recente da União Europeia mostrou que metade da população búlgara é contra a adoção do euro.
Economistas e especialistas discutiram os riscos potenciais para a Bulgária ao entrar na zona do euro, destacando o que o país da Europa Oriental poderia perder e ganhar com essa mudança.
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Inflação e taxas de juros
“A preocupação mais imediata é um aumento nos preços durante a troca de moedas, pois alguns comerciantes podem arredondar os preços. Muitos búlgaros temem que a adesão à área do euro possa reduzir seu poder de compra, especialmente em áreas rurais mais pobres”, disse Valentin Tataru, um economista inglês que cobre a Bulgária, para para CNBC.
No entanto, ele também observou que a moeda búlgara tem uma taxa de câmbio fixa com o euro e, portanto, “o aumento inflacionário da transição deve ser leve”.
A segunda preocupação principal é o que a renúncia da moeda da Bulgária, Lev, significará com a independência e a soberania do país – ideais que se tornaram simbólicos, de acordo com Andrius Turso, consultor da Europa Central e Oriental.
“Sua substituição pelo euro pode ser percebida por partes da população como uma perda de controle nacional”, disse ele à CNBC. Além disso, há preocupações sobre renunciar ao controle de políticas monetárias, pois os países do euro estão sujeitos a decisões do BCE, acrescentou Tursa.
Por exemplo, o Banco Nacional Búlgaro (BNB) não seria mais responsável por definir as taxas de juros do país com base apenas no desenvolvimento de sua economia individual.
No entanto, “os países da zona do euro se beneficiam de taxas de juros mais baixas devido à credibilidade da CCB e à redução do risco de câmbio”, disse Turso. As taxas de juros mais baixas geralmente beneficiam os tomadores de empréstimos à medida que o financiamento e a hipoteca se tornam mais acessíveis.
Estabilidade econômica e poder
A adesão à zona do euro e a obtenção de supervisão de PCs pode aumentar a estabilidade econômica e as perspectivas de crescimento para a Bulgária, disse Jasmin Groeschl, economista sênior da Europa da Allianz, para, para, para CNBC.
O investimento estrangeiro poderia, por exemplo, aumentar, sugerir, e espera -se que o produto interno bruto do país seja impulsionado pela adesão à zona do euro.
“Uma integração financeira mais profunda fortaleceria o sistema financeiro da Bulgária sob a supervisão do BCE, aumentando a estabilidade monetária”, explicou Groeschl. “A adoção do euro fortaleceria os laços da Bulgária com a UE, aumentando sua influência e credibilidade”, acrescentou.
As principais áreas que apóiam a economia, como comércio e turismo, também podem ser apoiadas, disse Turso, da Teneo.
Muitos dos principais parceiros de negócios da Bulgária estão na UE, com a maioria de suas exportações indo para 27 membros do Bloc State em 2023, de acordo com dados do Escritório de Estatísticas do país. Os principais setores incluem máquinas e equipamentos de transporte, produtos fabricados e alimentos.
Enquanto isso, o turismo se tornou um dos principais contribuintes para a economia, à medida que a Bulgária se posiciona como um destino de verão e inverno. Mais de 13 milhões de estrangeiros visitaram o país até 2024, mostraram estatísticas oficiais.
“A adesão búlgara à área do euro facilitaria fluxos comerciais e turísticos com outros países da zona do euro, eliminando os custos e a carga associados à conversão de moeda”, disse Turso, acrescentando que isso seria particularmente importante devido à forte integração da Bulgária nas cadeias de suprimentos da UE.
Tensões políticas
Um risco apontado por economistas e analistas são as tensões políticas em torno da adoção do euro pela Bulgária.
“A oposição pública à adoção do euro já desencadeou protestos notáveis e, no médio prazo, a questão pode se tornar um motor -chave crescente de movimentos populistas e políticos do euro”, explicou Turso de Teneo.
Mas, apesar dos protestos e preocupações locais sobre a ascensão da zona do euro, pelo menos a longo prazo, os benefícios para o país superam qualquer aspecto negativo, argumentou Groeschl por Allianz SE.
“O ponto de equilíbrio envolve a perda de alguma autonomia econômica em troca de uma integração mais profunda”, disse ela. “Embora a Bulgária perca algum controle sobre a política monetária e esteja sujeita a regras fiscais rígidas, as vantagens de maior estabilidade econômica, custos reduzidos de transação e integração mais forte com o mercado da UE normalmente superariam essas desvantagens”.
Tataru adotou um tom semelhante, dizendo que, como Lev já está ligado ao euro, não deve haver grande choque.
“A adesão ao euro é uma das etapas mais estratégicas que a Bulgária pode tomar para garantir prosperidade a longo prazo e integração européia mais profunda”, disse ele.
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