O uso da inteligência artificial (IA) nos departamentos de recursos humanos se expandiu no Brasil. De acordo com o consultor Marcelo Nóbrega, a tecnologia já trabalha em vários subsistemas na área, como recrutamento, planejamento de sucessão, atendimento interno, desenvolvimento de carreira, orientação e treinamento.
Durante uma entrevista ao Times Brasil Newspaper, do Times Brasil – Licenciado exclusivo da CNBC, Nobrega explicou que a IA pode ser integrada a todos os estágios da gestão de pessoas. “Recrutamento e seleção, ajuda de RH, trilha de carreira, todos podem ter inteligência artificial incorporada”, disse ele.
Uma das aplicações mais recentes é a análise de microexpressões faciais para identificar o perfil comportamental dos candidatos. O consultor relatou que, por meio de uma conversa em vídeo – síncrona ou assíncrona – é possível avaliar sinais como sorriso, movimento dos olhos e boca.
“Você pega as sete emoções: a pessoa está com raiva, alegre, desprezando, indiferente. Em dois minutos de conversa, você tem 99% de precisão do perfil comportamental do indivíduo”, explicou Nobrega.
Para ele, o método é tão preciso quanto a análise feita por um humano, mas com maior agilidade. Ainda assim, o consultor considerou que a tecnologia não substitui profissionais, mas tarefas. “O Excel aceitou o trabalho dos contadores? Não. Mas isso os tornou mais sofisticados”, disse ele.
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Triagem curricular e feedback automatizado
A inteligência artificial também tem sido usada na triagem do currículo. Em processos de seleção de alto volume, o sistema pode processar todos os candidatos recebidos, o que não seria possível manualmente.
Segundo o consultor, isso reduz o risco de deixar de fora candidatos qualificados que, devido à limitação de tempo, não seriam analisados. “Ela olhará para todos, classificando os que melhor se adequam à vaga e ainda nos permite dar feedback personalizado àqueles que não foram selecionados”, disse ele.
Aplicações em treinamento e treinamento
Marcelo Nóbrega também relatou como ele usa a IA em atividades de treinamento e ensino. A tecnologia ajuda você a personalizar materiais, cursos de estruturação e elaboração dinâmica. “Ela sugere trilhas de conteúdo, configura o PowerPoint e até ajuda a aumentar os exercícios”, disse ele.
Para o Nobrega, essas ferramentas aumentam a produtividade e facilitam a adaptação do conteúdo de acordo com o público -alvo.
A adoção ainda está restrita, diz o especialista
Apesar das possibilidades, a adoção da IA em larga escala ainda é limitada no Brasil. O consultor acredita que o medo da substituição das funções humanas contribui para a resistência. “Não aceitará seu trabalho, mas substituirá as tarefas que você realiza hoje”, explicou.
O executivo de RH argumentou que o papel da empresa deveria ser apoiar profissionais na transição, promovendo o treinamento. “Os novos sustos. Mas é a chance de subir para outro nível de desempenho e contribuição”, disse ele.
Alterações rápidas requerem atualização constante
O especialista comparou o ambiente corporativo atual com o início de sua carreira. Segundo ele, ele era mais uma vez mecanicista e baseado em comando e controle. Hoje há maior participação e colaboração. “O meio ambiente é mais democrático, mais consultivo, com foco em soluções de grupo”, disse ele.
Com as transformações rápidas, Nobrega destacou a importância da diversidade nas equipes para lidar com dilemas complexos. “Quanto mais pessoas colaboram, melhor a solução.”
Cenário futuro e experiências internacionais
Sobre o futuro da IA, o consultor disse que ainda é difícil prever os limites. Hoje, a tecnologia aprende com os seres humanos, mas existem algoritmos que já realizam aprendizado autônomo e contínuo. “É imprevisível pensar onde isso virá”, disse ele.
Ele citou o exemplo de uma empresa de jogos chinesa de Hong Kong, que adotou um CEO com potência de IA. “Bot toma decisões e a organização age de acordo com essas decisões. Nos primeiros meses, a empresa teve um desempenho melhor do que o Índice de Bolsa de Valores de Hong Kong”.
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