As gigantes tecnológicas norte-americanas continuam a expandir os investimentos em inteligência artificial (IA) e infraestrutura digital, mas apenas a Alphabet (empresa proprietária Google), conseguiram traduzir esse movimento em confiança do mercado.
De acordo com o Reutersenquanto Amazon, Microsoft e Meta enfrentaram quedas de ações após divulgarem planos para aumentar os gastos de capital, o O Google viu suas ações subirem cerca de 3% no final do pregão de 30 de outubro.
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O principal factor por detrás do optimismo é a capacidade da Alphabet de sustentar os seus investimentos sem comprometer o fluxo de caixa.
No último trimestre, a empresa destinou cerca de US$ 23,95 bilhões em investimentos, o equivalente a 49% do dinheiro gerado pelas operações.
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O equilíbrio financeiro reforçou a percepção de que o grupo consegue manter o ritmo de expansão sem prejudicar a rentabilidade.
Em contrapartida, a Meta destinou 64,6% e a Microsoft atingiu 77,5% do seu fluxo de caixa operacional para investimentos. A situação da Amazon é ainda mais agressiva, pois aproximadamente 90% do seu caixa foi utilizado para novos investimentos, principalmente em infraestrutura e data centers.
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Apesar disso, a empresa surpreendeu positivamente com os resultados da AWS, sua divisão de computação em nuvem, que registrou crescimento de 20% na receita, o que impulsionou as ações em cerca de 13% nas negociações estendidas.
Foto: Anthony Quintano/Wimimedia Commons
Razão para aumentos generalizados
Os gastos entre os líderes da indústria mostram que a corrida pela inteligência artificial está longe de desacelerar.
A pressão para expandir os data centers e adquirir chips de última geração levou as empresas a comprometer quantias significativas de dinheiro.
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Analistas, porém, destacam que empresas com maior solidez financeira, como a Alphabet, conseguem lidar melhor com o impacto desses investimentos.
O ambiente de incerteza quanto ao retorno financeiro da IA levou os investidores a avaliarem com mais cuidado as promessas do sector.
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Mesmo assim, executivos das principais empresas reforçam que reduzir o ritmo de investimentos não é uma opção. Para eles, o maior risco seria ficar para trás na corrida tecnológica.
Especialistas de mercado apontam que o sucesso da Alphabet se deve ao fato de ser capaz de financiar avanços em IA com recursos próprios, mantendo margens de lucro estáveis.
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Esta combinação de crescimento e equilíbrio financeiro trouxe um contraste favorável aos rivais, cujos gastos têm pressionado o caixa e preocupado os investidores.
Enquanto a Amazon conseguiu acalmar o mercado com o sólido desempenho da AWS, a Microsoft e a Meta viram as suas ações cair 3% e 11%, respetivamente, refletindo receios de que os elevados custos da inteligência artificial levem tempo a converter-se em ganhos concretos.
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O cenário evidencia uma nova etapa na disputa entre gigantes da tecnologia. Não basta investir fortemente em IA, é preciso demonstrar capacidade de financiar o futuro sem comprometer a base financeira. Neste momento, o proprietário do Google saiu na frente.
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