Moraes vota pela condenação de Jair Bolsonaro

Depois de mais de cinco horas de sessão, o ministro Alexandre de MoraesDo Supremo Tribunal Federal (STF), votado na terça -feira (9) pela condenação do ex -presidente JAIR BOLSONARO para tentativa de golpe d’état. Segundo Moraes, Bolsonaro serviu como “líder da organização criminosa”.

Ao iniciar a votação, Moraes, Relator do Caso, destacou a existência de pelo menos 13 atos executivos que provam a ação coordenada e planejada coordenada do grupo, em uma “cronologia criminal lógica para obter os resultados pretendidos pela organização criminal”.

“Bolsonaro manteve o papel de líder da estrutura criminal e recebeu uma ampla contribuição dos membros do governo federal e das forças armadas, usando a estrutura do estado brasileiro para a implementação de seu projeto de poder autoritário”, disse ele.

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Moraes respondeu às alegações das defesas e destacou a “convergência” entre o ex -diretor da Agência de Inteligência Brasileira (ABIN), Alexandre Ramagem e Bolsonaro em ataques ao sistema de votação eletrônica. O ministro citou mensagens apreendidas pela polícia federal que lidou com supostos sucessos ao atacar as urnas eletrônicas.

“Não é possível dizer que era um mero diário, porque foi uma mensagem no WhatsApp”, disse ele em resposta à defesa de Ramagem, que tentou classificar os registros como notas privadas. Segundo Moraes, não é razoável que as mensagens enviadas ao então presidente fossem pessoais.

O ministro também relatou o Live de Bolsonaro em julho de 2021, as notas do general Augusto Heleno e os documentos da filial. “Convergência total desses documentos”, disse ele.

“Instigou milhares de pessoas”

Durante a votação, Moraes também se lembrava de quando Bolsonaro chamou o ministro de “Soldrel” e disse que sua “paciência acabou”.

“Esta não é uma conversa de barra. Este é o presidente da República, no Dia da Independência, instigando milhares de pessoas contra a Suprema Corte federal, contra o judiciário e contra um ministro específico”, disse ele.

Para o ministro, a conduta de Bolsonaro caracterizou “atitudes criminosas confessadas”, enfatizando que qualquer estudante de direito poderia reconhecer os discursos como ameaças sérias à independência do STF.

Como relator, Moraes foi o primeiro a votar. Os outros ministros, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, presidente do Collegiate, ainda precisam votar.

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