Nenhum varejo no mundo está protegido da guerra de comércio tarifária em andamento. De acordo com o estudo do Allianz Trade, líder mundial em seguro de crédito e companhia do grupo Allianz, varejo dos 66 países analisados em qualquer tipo de risco diante da guerra tarifária, as novas demandas do consumidor e a fragilidade das cadeias de suprimentos.
Do total, 29 países têm um risco médio, com sinais de fraqueza ou possível desaceleração. Os outros têm risco sensível, indicando fraqueza estrutural e panorama desfavorável. O varejo no Brasil se encaixa neste último grupo, mas não é o único. Entre os setores brasileiros analisados no estudo, apenas a indústria farmacêutica nacional tem baixo risco.
“As grandes empresas com grandes reservas de caixa estarão melhor posicionadas para navegar em águas turbulentas”, disse o estudo, assinado por Ludovic Subran, economista -chefe da Allianz Trade. No entanto, ele diz: “As empresas menores podem enfrentar alguns problemas de solvência”.
Diante das tarifas, o principal cenário de risco para as empresas seria um aumento substancial nos custos operacionais. Nesse caso, alguns varejistas podem ser forçados a modificar suas políticas de terceirização e procurar novos parceiros para evitar aumentos tarifários e transferências de cobranças de clientes, aumentando os preços para proteger as margens já reduzidas.
“Uma mudança drástica na política de terceirização pode exigir altos investimentos”, afirmou o estudo. “Isso pode representar um período de transição de vários anos para os varejistas antes que estejam totalmente operacionais”.
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Entre as regiões analisadas, a América Latina é, de acordo com o estudo, a menos atraente. A avaliação indica um aumento de apenas 3% ao ano de receita de varejo na região entre 2025 e 2026, devido ao impacto das tarifas. “Esperamos um choque econômico negativo na região devido à nova política tarifária dos EUA”.
Entre os 11 países analisados na região, seis (México, Colômbia, Peru, Equador, Panamá e Chile) têm um risco médio. Os outros cinco, incluindo o Brasil, têm risco sensível.
Além do ambiente macroeconômico, os varejistas também enfrentam uma mudança de paradigma: o envelhecimento das sociedades nas principais economias desenvolvidas forçará as empresas a adaptar sua proposta de valor à faixa etária mais velha. “É o grupo que tem o maior poder de compra, mas é menos inclinado a gastar supérfluamente”.
Ao mesmo tempo, a geração Z tem um comportamento diferente do consumidor, favorecendo uma experiência integrada, canais digitais e maior personalização do produto, além de ser mais seletivo e volátil. “A geração Z é mais propensa a fazer compras e tem uma influência significativa por meio de suas redes sociais”, afirmou o estudo. “É algo que as empresas não podem ignorar”.
Economia brasileira
Dos 18 setores da economia brasileira analisados, apenas a indústria farmacêutica tem um baixo risco em vista da guerra comercial. Todos os outros têm algum tipo de risco. São dois setores de alto risco: o têxtil e o químico.
Outros 15 têm risco sensível, que pode ser de fraqueza estrutural ou panorama desfavorável. Os dois restantes (serviços de TI e energia) têm um risco médio, com sinais de fraqueza ou possível desaceleração.
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