O banco central manteve a porta aberta para apoiar e aumentar o interesse na próxima reunião do copom. Mas o que mais importa nos minutos divulgados na terça -feira (13) é que o cenário para a inflação permanece incerto e isso significa que o interesse permanecerá alto por um longo tempo.
Além disso, o copom aumentou o tom das críticas aos gastos do governo de Lula, afirmando que o crescimento tem sido mais forte nos últimos meses dado a “estímulos fiscais” e que “política fiscal” é um dos elementos que ele considera definir a taxa de juros.
“O comitê continua usando a política fiscal como uma contribuição em sua análise e, dada a política fiscal atual e futura, adotará a conduta da política monetária apropriada para a convergência da inflação na meta”, disse o banco central em um trecho sem precedentes em comparação com as atas anteriores de março.
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A mensagem sobre o estímulo fiscal derruba o argumento do Ministério das Finanças, que diz que cometeu uma política de conter despesas. Na visão do BC, por outro lado, o governo estimulou o crescimento econômico, o que tende a pressionar as taxas de juros.
“Um estímulo significativo nos últimos anos alertou sobre a política fiscal. O Comitê avalia que uma política fiscal que contribui para a redução do Prêmio de Risco e os atos contribui contra -em -converso para a convergência da inflação para o objetivo”.
O BC também indicou que Selic só cairá novamente quando o nível de atividade no país fornecer sinais mais intensos de desaceleração. Parece que haverá um conflito pela frente com o governo Lula, que fará de tudo para manter a economia aquecida na véspera das eleições de 2026.
“O comitê enfatiza que o resfriamento da demanda agregado é um elemento essencial do processo de reequilíbrio entre oferta e demanda da economia e convergência da inflação na meta”, disse o BC, repetindo um trecho da ata anterior.
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No mercado financeiro, cada analista lerá que melhor se encaixará com sua própria aposta. Portanto, é possível entender que o BC parou de subir para Selic, em 14,75%, pois também é possível obter um aumento adicional de 0,25%, o que aumentaria as taxas de juros para 15%.
Aqueles que entendem que o BC parou – a maior parte do mercado – se apega à expressão “permanecerá vigilante”, usada pela autoridade monetária para indicar a manutenção de juros.
Aqueles que entendem que pode haver uma nova visão alta em todo o documento, o que descreve um cenário muito difícil para os preços, além de dizer que a próxima reunião “exige cautela e flexibilidade adicionais” para incorporar novos dados.
Diante da incerteza internacional, o BC é bom para deixar os dois lados em cima da mesa. Selic já está em um nível de contraste, superando o pior momento do governo de Dilma Rousseff. E lutar contra preços altos significa não apenas aumentar as taxas de juros, mas mantê -las altas por um longo tempo. É isso que o BC indicou em suas últimas comunicações. “Esse cenário prescreve uma política monetária significativamente contracionista por um período prolongado para garantir a convergência da inflação na meta”.
Além disso, a reviravolta na disputa comercial dos EUA e da China, com uma trégua de 90 dias entre os dois países, pode reverter o quadro de queda de commodities, que foi um dos elementos que poderiam ajudar a reduzir a inflação no Brasil e no mundo. Dos três fatores “baixos” nomeados pelo BC, dois foram “ameaçados” por essa trégua.
“Entre os riscos baixos estão (i) uma possível desaceleração na atividade econômica doméstica mais pronunciada do que os projetados, tendo impactos no cenário de inflação; (ii) desaceleração global mais pronunciada resultante do choque do comércio e uma maior cenário de incerteza; e (iii) redução nos preços de comodidade com efeitos de inflação” “.
Por outro lado, o risco de apreciação em dólares, se a economia dos EUA sofrer menos volatilidade pelas medidas de Donald Trump, poderá colocar mais pressão sobre a inflação no Brasil.
“O Comitê avaliou que, entre os riscos de alta para o cenário de inflação e as expectativas de inflação, destacamos (i) desânimo das expectativas de inflação por um período mais longo; exemplo, através de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada”.
Sem a ajuda da política fiscal, o BC será forçado a manter as taxas de juros para combater a inflação. A questão é como o copom reagirá às pressões do governo de Lula, que tendem a aumentar com a proximidade das eleições de 2026.
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