O presidente do Banco Central, Gabriel Galipolo, disse na terça -feira que a autoridade monetária ainda está comprometida com a meta de inflação de 3%, até reconhecendo que o país ainda está longe desse objetivo. A declaração foi feita durante uma conferência de imprensa para apresentar o relatório de estabilidade financeira.
Segundo Galipolo, o Banco Central “não tem desconforto com a meta de 3%” e continuará ajustando as condições financeiras para atingir esse nível.
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Impacto da volatilidade internacional
Durante a conferência de imprensa, o presidente do BC comentou sobre a recente volatilidade observada no mercado de títulos do Tesouro dos EUA (Tesouro) e suas possíveis repercussões nas economias emergentes. Galipolo relatou que, em discussões em Washington, esse tema estava presente e foi analisado pelos formuladores de políticas econômicas internacionais.
O presidente do BC citou um episódio envolvendo James Carville, consultor do governo de Clinton, para ilustrar a força do mercado de títulos. “Ele disse que gostaria de voltar à próxima encarnação como mercado de títulos porque poderia intimidar todos”, disse ele.
Galipolo avaliou que a volatilidade recente causou reações na política econômica americana e que, no caso de países emergentes, a desvalorização esperada de moedas em tempos de aversão ao risco não ocorreu na maioria dessas economias. Esse movimento gerou perguntas sobre os canais de transmissão e os efeitos econômicos dessas mudanças.
Expectativas para 2025 e incertezas
O relatório divulgado pelo Banco Central indica que as expectativas de inflação nos Estados Unidos aumentaram para o ano de 2025, sem mudanças significativas nos anos seguintes. Galipolo explicou que essa leitura sugere que os impactos tarifários se concentrariam em 2025.
Sobre os efeitos para o Brasil, o presidente enfatizou que a economia nacional tem características particulares, mais guiadas pelo mercado doméstico do que por um perfil exportador. “Ainda há muita incerteza para entender qual será o equilíbrio final de todos esses efeitos”, disse ele. Segundo ele, é necessário observar o que terá um efeito perene na atividade econômica e o que pode ser revertido em um cenário de desânimo da guerra tarifária.
Agenda de crédito e competitividade
Gabriel Galipolo também destacou a continuidade da agenda de longo prazo do Banco Central para expandir a competitividade e reduzir os spreads bancários. Ele lembrou que iniciativas como aumento da participação de crédito de baixo custo e fortalecimento da colaeralização foram desenvolvidas a partir da gerência anterior.
O presidente afirmou que o BC procurou inovações para o mercado imobiliário e estratégias de fundição mais acessíveis. “Esta agenda diálogo diretamente com o que foi iniciado no passado e pretende continuar evoluindo”, disse ele.
Governança e previsibilidade
Comentando o processo de ajuste da política monetária, Galipolo afirmou que é natural fazer correções ao longo do tempo, à medida que as medidas são implementadas e seus efeitos observados. Ele enfatizou que a velocidade desses ajustes depende de uma governança consolidada, respeitada pela autoridade monetária, fundamental para manter a estabilidade do sistema monetário e financeiro.
“Previsibilidade e continuidade são importantes para a credibilidade do banco central e a estabilidade financeira do país”, concluiu.
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