O Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e presidente em exercício, Geraldo Alckminafirmou nesta sexta-feira (21) que a retirada de produtos das tarifas pelos Estados Unidos representa “o maior avanço que tivemos desde o início das negociações”.
Segundo ele, a mudança reduz 36% a 22% a parcela das exportações brasileiras sujeita à tarifa de 10% + 40%.
Ele explicou que algumas categorias já foram migradas para o seção 232incluindo celulose, ferro níquel e suco de laranjae que a decisão mais recente amplia a lista com café, cacau, frutas, açaí, manga, raízes e fertilizantes.
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Ele destacou que a mudança terá efeito retroativo. Segundo Alckmin, “o governo americano reembolsará tudo o que foi exportado após 13 de novembro, pois esses produtos agora estão isentos e, portanto, o valor pago será reembolsado“. O vice-presidente classificou a medida como “boas notícias para todo o setor exportador”.
Alckmin também atribuiu o avanço ao diálogo direto entre os presidentes dos dois países.
Ele afirmou que “O presidente Trump destacou, na exposição de motivos da ordem executiva que assinou, o diálogo que manteve com o presidente Lula, e destacou que essa conversa foi importante para o andamento das negociações“. O vice-presidente reforçou que “Continuamos otimistas e o trabalho não está concluído, mas agora avançamos com menos barreiras”.
Apesar da redução, alguns itens ainda continuam sujeitos à sobretaxa — como peixe, mel, uva, máquinas, motores e sapato. Alckmin disse que “O esforço continua, pois ainda existem produtos importantes que precisam ser retirados da precificação, e continuaremos trabalhando para isso”.
Ele relatou que Lula apresentou dois pedidos na conversa com Trump: redução tarifária e discussão de medidas governamentais. Lei Magnitsky. “O presidente Lula fez as duas demandas, apresentou os argumentos do Brasil e destacou que os EUA têm superávit comercial conosco tanto em serviços quanto em produtos”, afirmou.
Alckmin destacou que o programa Brasil mais soberanocriado para apoiar empresas afetadas por barreiras comerciais, continua ativo: “O plano continua, porque ainda há setores que foram afetados, e beneficia não só o exportador, mas também o fornecedor de insumos, que sofre quando a empresa exportadora deixa de vender”.
O vice-presidente também comentou sobre as expectativas americanas por uma proposta mais detalhada.
Ele disse que “uma primeira proposta foi apresentada ao governo dos EUA em 4 de novembro, e desde então as negociações têm progredido de forma constante“. Alckmin repetiu que isso era “a maior redução já alcançada”.
Sobre a agenda entre os presidentes, afirmou que “O presidente Lula convidou o presidente Trump para visitar o Brasil e disse que, se necessário, está disposto a ir a Washington para continuar o diálogo.” Ele acrescentou que “Não há tema proibido, porque o Brasil sempre manteve uma postura aberta para discutir questões tarifárias e não tarifárias”, citando centros de dados, inteligência artificial, terras raras e investimentos de grandes tecnologias.
Alckmin também mencionou avanços recentes na Mercosulcomo acordos com Cingapura e EFTAe a expectativa de assinar com o União Europeia após mais de duas décadas de negociações.
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