A expectativa é que o governo do Reino Unido implemente, a partir de quarta-feira (19), a proibição da revenda de passagens acima do valor original. A medida abrangerá concertos, grandes eventos desportivos e produções teatrais, segundo notícias veiculadas na imprensa britânica nas últimas 24 horas.
A iniciativa confirma o compromisso assumido pelo Partido Trabalhista durante a campanha, quando prometeu combater práticas consideradas prejudiciais aos consumidores, como o uso de bots e a compra em massa de ingressos para revenda a preços inflacionados. O primeiro-ministro Keir Starmer esteve sob pressão de artistas de destaque, incluindo Sam Fender, Dua Lipa e Coldplay, que assinaram uma carta pedindo limites legais no mercado secundário.
O secretário de Habitação, Steve Reed, disse ao programa Breakfast da BBC que o governo “está empenhado em proibir” a prática. A expectativa é que a nova legislação estabeleça tetos para taxas cobradas pelas plataformas e limites de preços que evitem brechas capazes de gerar aumentos artificiais. Uma investigação iniciada no início de 2025 avaliou permitir um aumento de até 30% sobre o preço original, mas a tendência agora é para uma regra mais rígida.
Leia mais:
Estoques de terras raras despencam enquanto China espera adiar controles de exportação, diz governo dos EUA
Estados Unidos e China avançam nas negociações comerciais; acordo deverá ser anunciado na próxima semana
Von der Leyen: A Europa deve usar todos os instrumentos após a ameaça chinesa em terras raras
Segundo estimativas do Departamento de Cultura, Mídia e Esporte, a mudança pode reduzir o preço médio de revenda em até US$ 48.
Repercussão no mercado
As ações da StubHub caíram quase 6% na terça-feira, após relatos da proibição iminente. A empresa acumulou queda de 37% na última semana, após divulgar resultados sem fornecer projeções.
A Live Nation, controladora da Ticketmaster, também viu suas ações caírem no pregão, em linha com o movimento negativo do mercado. Em nota, ele afirmou apoiar integralmente o plano do governo britânico e destacou que ele já limita a revenda ao preço de face no país. A empresa classificou a medida como “mais um grande avanço para os torcedores” e incentivou outros governos a adotarem políticas semelhantes.
A discussão surge em meio a investigações nos Estados Unidos sobre vendas ilegais de ingressos por meio de bots, estruturas de taxas consideradas enganosas e preços elevados no mercado secundário. Na turnê Eras de Taylor Swift, o preço médio de revenda ultrapassou US$ 1.000.
Jack Antonoff, produtor e músico que trabalha com Swift, criticou declarações recentes do CEO da Live Nation, Michael Rapino, que sugeriu que os ingressos estavam abaixo do preço de mercado. “A resposta é simples: vender um bilhete por um valor superior ao preço original deveria ser ilegal”, escreveu ele.
Em setembro, a Comissão Federal de Comércio (FTC) processou a Live Nation e a Ticketmaster por práticas ilegais de revenda. No ano anterior, o Departamento de Justiça decidiu separar as duas empresas por supostas violações antitruste, após inúmeras reclamações de consumidores durante a venda de ingressos para a turnê de Taylor Swift.
A pressão por mais transparência no sector tem crescido em concertos, eventos desportivos e digressões de grande escala.
–
Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Céu | Canal 592 ao vivo | Canal 187 Olá | Operadores regionais
TV SINAL ABERTO: antena parabólica canal 562
ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
Canais RÁPIDOS: Samsung TV Plus, canais LG, canais TCL, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos fluxos
Este conteúdo foi fornecido por CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.