O inflação na China regressou a território positivo em outubro, encerrando meses de deflação que marcaram grande parte de 2025. O índice de preços ao consumidor (IPC) subiu 0,2% face ao mesmo período do ano anterior, segundo dados divulgados este domingo pelo Gabinete Nacional de Estatística (DNE). O resultado superou as expectativas de estabilidade e foi o mais forte do ano.
A leitura mensal também apresentou crescimento de 0,2%, impulsionada pela demanda proveniente do feriado do Dia Nacional e da Festa do Meio Outono, que estimularam o consumo interno. “As políticas destinadas a expandir a procura interna começaram a surtir efeito”, disse Dong Lijuan, estatístico-chefe do DNE, num comunicado.
Deflação nas fábricas diminui, mas completa três anos
O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede os custos na porta da fábrica, caiu 2,1% em outubro na comparação anual, o que representa o 36º mês consecutivo de deflação. Ainda assim, o resultado foi um pouco melhor que a queda de 2,2% esperada pelos analistas. Na comparação com setembro, houve ligeiro aumento de 0,1%, sinalizando início de estabilização.
Os dados indicam que o governo chinês conseguiu aliviar parte da pressão deflacionária através de medidas de estímulo e políticas industriais. Mesmo assim, a economia ainda enfrenta desafios de excesso de capacidade produtiva e baixa confiança dos consumidores.
Queda nas exportações e desaceleração industrial
Em outubro, as exportações chinesas surpreenderam com nova retração, caindo 25% nas vendas para os Estados Unidos — o sétimo mês consecutivo de queda de dois dígitos. A atividade industrial também caiu mais que o esperado, atingindo o nível mais baixo em seis meses, segundo o índice oficial de gerentes de compras (PMI).
Os subíndices de produção, novas encomendas e emprego permaneceram em território contraccionista, reflectindo o abrandamento do sector transformador. Os analistas salientam que o excesso de oferta e a fraca procura mundial continuam a pesar sobre o inflação na China.
Perspectivas e nova agenda econômica
Apesar dos dados contraditórios, a liderança chinesa reiterou o seu compromisso de impulsionar o consumo interno e reduzir a dependência das exportações. Durante reunião em outubro, o governo anunciou um plano quinquenal com foco na inovação, autossuficiência tecnológica e expansão do mercado interno.
O cenário de curto prazo pode melhorar após a trégua comercial entre o presidente Donald Trump e Xi Jinping, assinada numa reunião na Coreia do Sul no final de outubro. O acordo reduziu o risco de escalada das tensões bilaterais e trouxe algum alívio aos exportadores.
Mesmo com sinais de estabilização, economistas alerta que a recuperação de inflação na China dependerá do fortalecimento do rendimento familiar e de reformas fiscais que reduzam a concorrência excessiva entre os governos locais e as indústrias.
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