A Receita Federal participa nesta quinta-feira (30) de ação que visa desmantelar esquema de proteção de patrimônio de grandes devedores das Fazendas Nacional e Estadual de São Paulo. Trata-se da Operação Bóreas, lançada pelo Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos de São Paulo (CIRA-SP).
“O grupo empresarial investigado sonegava tributos e blindava o patrimônio da família controladora para frustrar cobranças. Ao mesmo tempo, como devedor contumaz, causou enormes prejuízos à livre concorrência”, afirmou a Receita Federal.
O alvo da investigação é o atual distribuidor do grupo investigado, com atuação em São Paulo e Minas Gerais, e empresas utilizadas para blindagem de bens decorrentes de sonegação fiscal.
Estão sendo executados 12 mandados de busca e apreensão contra pessoas físicas e jurídicas.
A operação conta com a colaboração de funcionários da Receita Federal, Ministério Público de São Paulo (MPSP), Polícias Civil e Militar, Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz/SP), Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e Procurador-Geral do Estado de São Paulo (PGE/SP).
“A PGFN e a PGE/SP também ajuizaram ações cíveis para bloqueio de mais de R$ 800 milhões no patrimônio dos envolvidos, entre imóveis e veículos, para garantir o crédito tributário de mais de R$ 268 milhões em tributos federais e cerca de R$ 693 milhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)”, afirma a Receita Federal.
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Entenda o esquema
Uma empresa, com grandes dívidas fiscais, foi constituída irregularmente por outra empresa do mesmo grupo. Para evitar o repasse das dívidas tributárias à empresa sucessora, os bens do devedor foram transferidos sem a formalização oficial da sucessão.
De acordo com a investigação, a empresa sucessora continuou posteriormente a evadir-se, como devedora persistente, acumulando novos passivos milionários. “A empresa bem-sucedida foi colocada em nome das Laranjas e transferida para Palmas, no Tocantins, onde de fato não existe. Uma das Laranjas recebeu auxílio emergencial durante a pandemia, com endereço em apartamentos estúdio em Copacabana, no Rio de Janeiro.
Enquanto isso, os recursos obtidos com a operação das empresas foram para a família controladora e para empresas utilizadas para blindagem patrimonial, com a ajuda de um contador cúmplice, que apresentou contas fraudulentas.
As práticas adotadas pelos devedores contumaz, como o reiterado não pagamento de tributos como estratégia empresarial, as sucessivas mudanças societárias e empresariais, o uso de fraudes e a ocultação de bens para frustrar a cobrança, entre outras, promovem a concorrência desleal, fragilizando o mercado.
A Receita Federal e seus parceiros trabalham em estreita colaboração para criar um ambiente de negócios mais eficiente, transparente e favorável ao desenvolvimento econômico do Brasil.
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