Nesta quarta-feira (29), diversas big techs impactaram o mercado internacional com a divulgação dos resultados do terceiro trimestre deste ano. A Microsoft relatou um aumento de receita de 18% no primeiro trimestre fiscal, passando de US$ 65,6 bilhões (R$ 352,42 bilhões), enquanto a receita do Azure, a plataforma em nuvem da empresa, cresceu 40%, ou 39% em moeda constante.
Enquanto isso, o AlfabetoControladora do Google, registrou crescimento de 16% na receita do terceiro trimestre, atingindo pela primeira vez US$ 102,35 bilhões (R$ 548,78 bilhões). Além disso, a Meta apresentou resultado de US$ 51,24 bilhões (R$ 135,25 bilhões), superior aos US$ 49,41 bilhões estimados.
Sobre os resultados dessas empresas, o editor executivo do MIT Technology Review no Brasil, Rafael Coimbra, destacou o balanço da Alphabet como uma grande surpresa para o mercado, em entrevista exclusiva ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo da CNBC.
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Segundo ele, o crescimento da receita da Alphabet reflete como a empresa, que controla o Google, está enfrentando a nova tendência de usuários utilizarem o ChatGPT como mecanismo de busca. “Eu diria que a Alphabet veio como uma surpresa interessante, no sentido de resistir a esse ataque da OpenAI, do chat GPT, até porque também passou a colocar inteligência artificial no seu navegador, criando ali uma concorrência igualitária”, explicou.
Além disso, Coimbra comenta o elevado investimento destas empresas em inteligência artificial, o que pode fazer com que alguns investidores “fiquem mais cautelosos” em relação ao volume deste investimento e ao seu retorno.
“O que queremos ver no longo prazo não é inovação incremental, não é apenas estimular o que já existe. São novas camadas de negócios possibilitadas pela nova infraestrutura do futuro. É esse olhar de médio e longo prazo que todo mundo está querendo saber quando esses retornos vão chegar. Até agora estamos vendo retornos em inovações incrementais de modelos que já existem nos últimos 20, 30 anos”, disse.
Sobre a Nvidia, o editor executivo afirma que ela “parece ser protagonista” entre as big techs, já que a maioria das empresas compra seus chips e a empresa tem demonstrado grande capilaridade, mas assim como as demais, também está preocupando os investidores com os retornos de investimentos elevados.
“[A Nvidia] também já está olhando para o futuro, já está construindo a próxima geração de conectividade. Existem muitas empresas quando… Jensen Huang mostra lá um mapa de fornecedores e clientes. É um negócio absurdo. Então, faz sentido que ele seja muito valorizado, mas também entra nessa esteira de, ok, quando é que vamos ver o retorno financeiro, especificamente da inteligência artificial”.
Na análise de Coimbra, os mercados devem reagir com cautela e “olhar para frente” nesta quinta-feira (30), medindo o lucro e a receita das próximas empresas que divulgarão seus resultados e também atentos aos retornos da IA.
“Acho que amanhã, todo mundo, ou hoje, quem já acompanha o mercado, vai ficar de olho nos gastos, nos gastos futuros, e fazer alguma comparação para ver se faz sentido ou não continuar apoiando essa fome infinita de investimentos em IA”, finalizou.
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