O presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, comentou a operação policial realizada no Rio de Janeiro, afirmando que é necessário um trabalho coordenado “que atinja a espinha dorsal do tráfico, sem colocar em risco policiais, crianças e famílias inocentes”.
“Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores por meio da disseminação de drogas e violência”, afirmou em postagem feita em sua rede social X, nesta quarta-feira (29).
Na publicação, o presidente afirma que ordenou que o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, se reunissem com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro.
Lula também defendeu que com a PEC da Segurança, encaminhada ao Congresso, “garantiremos que as diferentes forças policiais atuem de forma conjunta no enfrentamento às facções criminosas”.
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Contenção de Operação
O megaoperação realizada nesta terça-feira (28) contra integrantes do Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, já é o mais mortal da história do estadosegundo o Grupo de Estudos sobre Novos Ilegalismos da UFF (Geni/UFF).
Pelo menos 121 pessoas — entre polícia e criminosos — morreu nesta terça-feira (28)um número mais que o dobro da operação do Jacarezinho (2021)que detinha o recorde anterior.
Moradores do Complexo da Penha registraram a localização de cerca de 60 corpos na Praça São Lucas após a operação. Segundo dados oficiais do governo do Estado, a ação policial resultou na morte de 60 suspeitos e 4 policiais, mas a comunidade afirma que a contagem não inclui todas as vítimas, e que o total de mortes pode chegar a 130. Nota da Defensoria Pública do Estado cita “mais de cem mortos”.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, o ministro da Justiça e a Polícia Federal deram diferentes versões sobre a articulação e comunicação em torno da megaoperação policial que deixou, segundo dados da Defensoria Pública do Estado, mais de 100 mortos.
Enquanto Castro defendeu a ação como “um sucesso” e disse que “as únicas vítimas foram os policiais”, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e a Polícia Federal alegam que não foram informados oficialmente sobre a operação e que ela não se enquadrava no tipo de ação federal.
Durante entrevista coletiva, Castro afirmou ainda que a obra foi planejada para mais de um ano e levou 60 dias de preparação. “Foi uma operação para cumprir ordem judicial. Estamos muito confiantes em defender tudo o que foi feito”, afirmou. Destacou que o Estado está “aberto aos órgãos de controle” e que “quem foi além dos ditames da lei tem a lei como guarda-chuva”.
Nesta quarta-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), também determinou que o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, apresente informações detalhadas sobre a operação policial realizada na última terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, considerada a mais letal da história do estado.
A decisão foi tomada no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, conhecida como ADPF das Favelas, que estabelece diretrizes para a realização de operações policiais em comunidades cariocas. Moraes assumiu interinamente a reportagem do caso, que ficou sob responsabilidade do ministro Luís Roberto Barroso.
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