O Alasca é o cenário novamente de um simbolismo geopolítico cheio de tempo com a reunião de Donald Trump e Vladimir Putin na base conjunta Elmendorf-Richardson em Anchorage, que, durante a Guerra Fria, serviu como ponto de monitoramento das atividades militares da antiga União Soviética.
A reunião, programada para as 16:00 GMT, ocorre no meio de meses de críticas entre Washington e Moscou, mas também com sinais de disposição para o diálogo. A expectativa global é que a reunião possa avançar em direção a um cessar -fogo no conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky não participará.
Se o histórico e diplomático for relevante, os possíveis reflexos econômicos afetam diretamente nosso bolso. Doze economistas Os ouvidos enfatizam que qualquer aceno de cooperação entre os poderes pode mover o preço da energia e as mercadorias, influenciar as cadeias produtivas e afetar as expectativas inflacionárias – com impactos diretos no Brasil.
Alguns apontam que um entendimento pode reduzir as pressões de custo, melhorar o meio ambiente para investimentos e criar condições de crédito mais favoráveis. Outros consideraram que a complexidade do conflito e os interesses em jogo limitam as chances de mudanças substanciais de uma única reunião, defendendo a cautela diante das reações iniciais do mercado.
O consenso é que, mesmo com possíveis efeitos imediatos sobre os insumos de petróleo, gás e agrícola, o impacto sustentável na economia global dependerá de compromissos concretos e um processo diplomático contínuo.
Energia e mercadorias
A maioria dos analistas vê nos preços de petróleo, gás natural e fertilizante no canal de impacto mais imediato se houver avanço diplomático.
José Alfaix (Rio Bravo) avalia que a remoção de tarifas extras e a redução da tensão recente podem aliviar os preços de energia e fertilizantes, com efeito positivo em categorias de inflação específicas, embora sem grandes mudanças na dinâmica inflacionária global.
João Kepler (grupo de ações) e Carlos Braga Monteiro (Grupo de Estúdio) indicam que um sólido acordo pode derrubar os preços no curto prazo, beneficiando países importantes como o Brasil. Mas eles alertam que, sem compromissos sustentáveis, a volatilidade pode permanecer.
Sidney Lima (Ouro Preto Investments) lembra que um fracasso nas negociações tende a aumentar o petróleo, enquanto um entendimento que flexiona sanções e aumenta o suprimento teria o potencial de aliviar os custos de energia e transporte.
Para a Volnei Eyng (multiplike), um possível acordo também teria peso político, posicionando Trump como pacificador e abrindo espaço para uma abordagem diplomática e comercial entre o Brasil e os Estados Unidos.
Crédito e ambiente de negócios
Outro grupo de economistas destaca como prever custos e cadeias de suprimentos afetam diretamente a expansão de crédito e negócios.
Richard Ionescu (Grupo Iox) afirma que uma redução nas tensões traria condições mais favoráveis para financiar cadeias de produção, especialmente em setores sensíveis a variações de custo e demanda.
O Gustavo Assis (Banco de Ativos) avalia que a estabilidade e os custos previsíveis melhoram a qualidade dos recebíveis e reduzem os riscos, permitindo créditos mais competitivos.
Jorge Kotz (Holding Group X) ressalta que um cenário positivo daria segurança aos investimentos em planejamento de empresas, enquanto a ausência de avanços manteria o capital caro e o ambiente defensivo.
Agronegócio: margens e financiamento
No campo, o efeito potencial é direto.
Pedro da Matta (Audax Capital) diz decisões que reduzem os custos de energia, fertilizantes e grãos aumentaria a competitividade do agronegócio brasileiromelhorando as margens e atraindo investidores. Em um cenário estável, o FIDG Agro se tornaria ainda mais estratégico para irrigar o capital no setor.
Inflação e política monetária
A relação entre avanço diplomático e inflação global foi destacado por vários analistas.
Pedro Ros (Referência de Capital) aponta que a sinalização positiva pode influenciar cadeias produtivas, custos globais e expectativas inflacionárias, favorecendo os investimentos.
Para Sidney Lima, as garantias do fluxo das exportações russas e ucranianas teriam o potencial de reduzir significativamente a inflação no mundo, abrindo espaço para políticas monetárias menos restritivas, inclusive no Brasil.
Felipe Vasconcellos (Equus Capital) lembra que pressões inflacionárias mais baixas criam um ambiente propício a investimentos e estruturas de longo prazo.
Perspectiva cautelosa
Apesar do potencial, muitos dos especialistas reforçam que uma única reunião dificilmente trará mudanças profundas.
Pedro Ros afirma que a complexidade do conflito exige um processo diplomático consistente para gerar previsibilidade e confiança.
Fábio Murad (Educação Super-Etf) aponta que, mesmo com possível flexibilidade de sanções e aumento da oferta, não deve haver queda imediata nos preços, recomendando que os investidores mantenham estratégias defensivas em ETFs de ouro ou setores resilientes.
Felipe Vasconcellos acrescenta que, sem alterações concretas, as tensões continuarão a pressionar os custos e bloquear as decisões estratégicas de expansão.
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