Entre 24 e 26 de junho, o Rio de Janeiro organiza a segunda edição da Energy Summit, um evento que propõe discutir caminhos e soluções para a transição energética no Brasil. O programa será realizado na cidade de artes e reunirá executivos, representantes do governo, investidores, startups e universidades.
“A transição energética precisa de um ecossistema de inovação”, disse Hudson Mendonça, CEO da Energy Summit, em entrevista à Equipe realde Times Brasil – CNBC exclusivo licenciado. Segundo ele, países e setores que lideraram grandes revoluções tecnológicas estruturadas em ambientes colaborativos entre empresas, governo, academia, investidores e startups, algo que o Brasil ainda não possui no setor de energia.
Hudson explicou que o evento apresentará tecnologias como nuclear, solar, vento, biomassa, descarbonização do petróleo e hidrogênio verde. As startups brasileiras e internacionais também participarão, incluindo um dos MIT que desenvolveu um data center capaz de capturar carbono diretamente do ar. “Este carbono é uma grade alimentar e pode até ser misturado com alimentos. Se alimentado por energia renovável, o sistema se torna carbono negativo”, disse ele.
Outro destaque da edição é a aplicação da tecnologia de captura de carbono. O executivo citou soluções como o BECCS (acrônimo para “bioenergia com captura e armazenamento de carbono”), que usa o cultivo de plantas para capturar carbono e armazená -lo com resíduos de bioenergia.
Segundo o CEO da Energy Summit, a tecnologia pode acelerar a descarbonização e ajudar a reverter a parte das emissões acumuladas nas últimas décadas.
Leia também:
A cúpula energética cresce e o futuro debate sobre energia focado na inovação e diversidade
O Brasil pode ser um protagonista na transição energética, diz CEO da MIT Technology Review Brasil
Ministério das Minas e liberações de energia CALENDÁRIO DE AULUÇÕES DE TRANSMISSÃO até 2027
Solar, novos materiais e modelos de negócios
No setor solar, a inovação mais relevante, de acordo com Mendonça, é o uso de Perovskita. O material permite aumentar a eficiência dos painéis fotovoltaicos e reduzir o custo por metro quadrado. “Quando a tecnologia de energia se torna mais barata, faz mais sentido para os investidores, o que contribui para o crescimento do setor”, disse ele.
A Energy Summit também abordará os novos modelos de negócios possibilitados pela descentralização da geração solar, que permite que consumidores e empresas escolham a origem de sua energia.
Petrobras, ANP e regulamentação para inovação
Petrobras e o governo do estado do Rio de Janeiro são os principais patrocinadores do evento, que também tem o apoio da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Hudson destacou o papel do Estado em investimentos em projetos de descarbonização e vento offshore.
O ANP, juntamente com a National Electric Energy Agency (Aneel), foi citado pelo executivo, atuando em regulamento que permite que as empresas de petróleo, gás e eletricidade investam em fontes e biocombustíveis renováveis. Ele lembrou que, pela legislação atual, essas empresas devem aplicar 1% de sua receita em pesquisa e desenvolvimento, que move cerca de US $ 5 bilhões anualmente no Brasil.
Durante a preparação da Cúpula de Energia, representantes de ambas as agências participaram de uma missão técnica no ecossistema de inovação de Boston, onde cumpriram os modelos de incentivo adotados por instituições como o MIT.
–
Onde assistir ao maior canal de negócios do mundo no Brasil:
Canal 562 CLAROTV+ | Canal 562 céu | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadores regionais
Sinal aberto da TV: canal parabólico 562
Online: www.timesbrasil.com.br | YouTube
Canais rápidos: Samsung TV Plus, Canais LG, Canais TCL, Plutão TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos streamings