O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que cabe à Rússia encerrar a invasão na véspera de uma reunião decisiva na segunda -feira (18) com o presidente dos EUA, Donald Trump, que está pressionando a Ucrânia a desistir da Crimeia e desistir de entrar na OTAN.
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As declarações foram feitas algumas horas antes de Zelensky e os líderes europeus se encontrarem com Trump em Washington. A reunião é uma continuidade da cúpula entre Trump e Putin realizada no Alasca na sexta -feira (15), que terminou sem acordo de cessar -fogo.
Depois de se encontrar com Putin, Trump deixou de insistir em um cessar -fogo imediato e começou a defender um acordo definitivo de paz. No final do domingo (17), ele disse que Zelensky poderia encerrar a guerra de três anos e meio “quase imediatamente se quisesse”.
Trump pressões e posicionamento de Zelensky antes do cume
“Lembre -se de como tudo começou. Você não pode voltar com Obama entregue à Crimeia (12 anos atrás, sem tiro!), E nenhuma Ucrânia na OTAN. Há algo que nunca muda !!!”, escreveu Trump na Rede Social da Verdade.
Ao anunciar sua chegada a Washington, Zelensky escreveu logo depois: “A Rússia tem que encerrar essa guerra, que ela mesma começou”.
“Os ucranianos estão lutando por suas terras, sua independência”, disse ele, acrescentando que espera “nossa força conjunta com os Estados Unidos e nossos parceiros europeus a forçar a Rússia a aceitar uma paz real”.
Espera-se que Trump e Zelensky tenham uma conversa sozinha antes de se encontrarem com os líderes do Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Finlândia, bem como o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, e o presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, segundo a Casa Branca.
Pouco antes da reunião de segunda -feira (18), a China pediu que “todas as partes” chegassem a um acordo de paz “o mais rápido possível”.
Será a primeira vez que Zelensky está em Washington desde o desacordo com Trump e o vice -presidente JD Vance em fevereiro, quando os dois criticaram o líder ucraniano por serem “ingratos”.
Contexto militar e ataques recentes
A Rússia manteve ataques contra a Ucrânia antes das novas conversas, lançando pelo menos 140 drones e quatro mísseis balísticos contra o país entre o final do domingo (17) e o início de segunda -feira (18), de acordo com a Força Aérea Ucraniana.
Um ataque de drones russo a um prédio residencial de cinco histórias em Kharkiv, uma cidade ucraniana, pouco antes de Dawn, matou pelo menos sete pessoas, autoridades locais.
Enquanto isso, os atentados ucranianos contra áreas ocupadas pela Rússia nas regiões de Kherson e Donetsk deixaram dois mortos, conforme relatado por Moscou.
Garantias de segurança
Desde a discussão acalorada com Zelensky no Oval Hall, em fevereiro, Trump criticou mais Putin e mostrou alguma frustração com as seguintes interrupções das negociações de paz da Rússia.
No entanto, Washington não impôs sanções adicionais a Moscou, e o tratamento de Gala se ofereceu para Putin no Alasca, em sua primeira visita ao Ocidente desde a invasão da Ucrânia em 2022, foi vista como uma vitória diplomática para a Rússia.
Falando em Bruxelas, na véspera de sua viagem aos Estados Unidos, Zelensky disse que estava interessado em saber mais sobre o que Putin e Trump discutiram no Alasca.
Ele também classificou como “histórico” a oferta de garantias de segurança feita por Washington à Ucrânia.
Trump disse que conversou com Putin sobre a possibilidade de criar uma garantia de defesa coletiva para a Ucrânia, como já existe para os membros da OTAN.
Essa promessa, no entanto, estaria fora do acordo militar ocidental que a Ucrânia deseja integrar e que a Rússia considera uma ameaça à sua existência.
Discussão sobre territórios
O enviado de Trump, Steve Witkoff, disse que Moscou fez “algumas concessões” em cinco regiões ucranianas que agora estão totalmente ou parcialmente sob controle russo, e que há uma “discussão importante sobre Donetsk e o que acontecerá lá”.
“Esta discussão será detalhada especificamente na segunda -feira (18)”, disse ele à CNN, sem mais detalhes.
A Rússia anexou à Crimeia em 2014, depois que um referendo considerado forjado por Kiev e o Ocidente, e repetiu o movimento em 2022 com quatro regiões ucranianas – Donetsk, Kherson, Lugansk e Zaporizehzia – mesmo sem controlar totalmente esses territórios.
Uma fonte que acompanhou a conexão telefônica entre Trump e líderes europeus no sábado (16) disse à AFP que o presidente dos EUA estaria “inclinado a apoiar” um requisito russo de receber territórios que ainda não venceu em Donbas, uma região que abrange Donetsk e Lugansk e concentra as lutas mais violentas da guerra.
Em troca, Moscou aceitaria “congelar” a linha de frente em Kherson e Zaporizehzia, áreas onde os russos controlam grandes partes, mas não as capitais regionais, de acordo com a mesma fonte.
Até agora, a Rússia exigia que a Ucrânia removesse suas tropas de todas as quatro regiões como uma prévia de qualquer acordo.
Zelensky, por sua vez, já declarou que, pela Constituição, ele não pode desistir de nenhum território ucraniano.
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