Há um mês, o presidente dos EUA, Donald Trump, surpreendeu o Brasil ao anunciar uma taxa de 50% em todas as exportações brasileiras – bem acima da média aplicada a outros parceiros de negócios.
O fator que mais gerou perplexidade no governo brasileiro foi a razão alegada pela Casa Branca: a suposta perseguição legal contra o ex -presidente Jair Bolsonaro.
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Desde então, os negociadores do Brasil tentam reverter a sobretaxa, que ameaça setores de negócios estratégicos, como carne bovina e café.
A Federação de Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) estima que a medida pode remover R $ 25 bilhões do PIB já a curto prazo.
Apesar dos esforços, os avanços foram limitados. Presidente Luiz Inacio Lula da Silva disse em Entrevista com uma agência internacionalquem não pretende ligar para Trump para abordar o tópico. Segundo Lula, o republicano condiciona qualquer conversa sobre a discussão sobre política e uma possível anistia a Bolsonaro – termos que o Brasil não aceita negociar.
Bolsonaro encontra prisão domiciliar por violação de medidas de precaução ao responder na Suprema Corte (STF) pela suposta tentativa de golpe.
Lei Magnestky novamente Membros do STF
Trump, o aliado do ex -presidente, acusa o Brasil de censura e até cancelou vistos de oito ministros do STF e do procurador -geral, Paulo Gonet. O ministro Alexandre de Moraes foi o mais afetado, sendo incluído na Lei de Magnitsky, que prevê sanções financeiras, aumentando a tensão diplomática.
Outro obstáculo é que, desde que assumiu o cargo em 20 de janeiro, Trump ainda não indicou um embaixador no Brasil, que mantém negociações restritas no nível ministerial. O chanceler Mauro Vieira se reuniu em 30 de julho com o secretário de Estado Americano Marco Rubio e reiterou que o Brasil concorda em discutir o comércio, mas não a soberania do judiciário.
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As conversas continuam em andamento
No campo econômico, o vice -presidente Geraldo Alckmin mantém conversas com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, enquanto o ministro das Finanças, Fernando Haddad, pretende dialogar na próxima quarta -feira (13) com o secretário do Tesouro Scott Bessent.
A taxa de 50% entrou em vigor em 6 de agosto, mas cerca de 700 itens foram isentos, incluindo suco de laranja e aeronaves Embraer. O governo brasileiro procura ampliar esta lista para incluir carne e café, mas enfrenta a resistência da Casa Branca.
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Exportação de medidas de suporte
Dada a falta de avanços, o Planalto Palace deverá anunciar um pacote de exportadores, com linhas de interesse reduzidas e decretos de compra do governo para produtos perecíveis, como frutas e peixes.
Haddad afirmou que as medidas não comprometerão o teto de gastos ou a meta de déficit zero. A prioridade, disse ele, é proteger as empresas brasileiras afetadas pela tarifa.
A possível retaliação aos EUA, como aumento das tarifas de importação ou mudanças nas regras de patentes, são tratadas como “letras de manga” e devem ser usadas apenas como último recurso para evitar efeitos colaterais na economia já pressionada pela sobretaxa.
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