Apesar da ameaça do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor uma taxa de 50% a todas as importações brasileiras, o Ubs considera improvável que a medida seja aplicada.
Em um relatório enviado na semana passada, o banco afirma que existem barreiras legais e pouca base econômica para justificar a tarifa, reduzindo as chances de deixar o jornal. “Achamos difícil justificar o uso da lei internacional de poderes econômicos de emergência (IEEPA), pois os Estados Unidos têm excedentes comerciais com o Brasil”, diz o UBS.
Segundo o Banco, as seções 232 e 301 da lei de expansão comercial de 1962 poderiam ser usadas, mas exigiriam investigações anteriores com base em uma queixa comercial concreta. “Portanto, acreditamos que a tarifa ameaçada de 50% dificilmente se tornará permanente”, diz ele.
Trump anunciou a nova rodada de tarifas como parte de uma política de “reciprocidade” e enviou uma carta ao presidente Luiz Inacio Lula da Silva, incluindo o julgamento do ex -presidente Jair Bolsonaro. Lula respondeu afirmando que “qualquer movimento unilateral para aumentar as tarifas será respondido de acordo com a lei de reciprocidade econômica brasileira”. Ontem (14), Lula assinou o decreto que regula a lei da reciprocidade.
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Mesmo se aplicado, o impacto seria limitado
De acordo com o UBS, mesmo que a medida esteja à frente, o impacto econômico seria limitado. O Brasil é uma economia relativamente fechada, com exportações e importações totalizando 28% do PIB. Apenas 16% das exportações brasileiras vão para os Estados Unidos, representando menos de 2% do PIB nacional.
Produtos como ferro e aço semi -cuidados, aeronaves, materiais de construção, etanol e madeira seriam os mais afetados pela tarifa. Ainda assim, o banco estima que os impactos nos lucros das empresas brasileiros devem estar contidos.
A instituição financeira também destacou sua visão “atraente” para as ações brasileiras e acredita que os mercados emergentes devem continuar se beneficiando de um cenário global favorável, especialmente com a tendência de enfraquecer o dólar.
Dólar mais fraco
“O índice DXY (que mede o desempenho do dólar americano contra uma cesta de moedas estrangeiras) caiu mais de 10% este ano, e esperamos que essa fraqueza persista nos próximos meses”, diz o UBS.
Além de estimular as entradas de capital emergentes, um dólar mais fraco reduz o peso da dívida em moeda estrangeira e abre espaço para cortes de juros nesses países. O UBS projeta uma apreciação média de dígitos por ações de mercado emergentes nos próximos 12 meses.
No caso dos EUA, o banco prevê que o Federal reserve, o Banco Central dos Estados Unidos, para começar a reduzir o interesse a partir de setembro, com cortes acumulados de 100 pontos de base em um ano. A projeção é uma desaceleração do PIB americano de 2,8% em 2024 para 1,5% em 2025, dados os efeitos das tarifas e o consumo doméstico mais fraco.
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