O economista Fábio Kanczuk, diretor da ASA Macroeconomia e ex -secretário de Política Econômica do Ministério das Finanças, disse que a eventual aplicação da lei de Magnitsky dos Estados Unidos às autoridades brasileiras pode ter um impacto mais grave do que as tarifas comerciais recentes.
Em uma entrevista com Money Times Brasilde Times Brasil – CNBC exclusivo licenciadoKanczuk apontou que, diferentemente de 50% de tarifas sobre as exportações brasileiras, que os efeitos diretos no PIB seriam limitados a 0,3% ou 0,4%-as sanções fornecidas pela lei dos EUA têm “imenso potencial destrutivo”.
“Se o Magnitsky é completamente aplicado, é destrutivo. Aplica -se, em teoria, às empresas que prestam serviços às pessoas sancionadas. Se o ministro Alexandre de Moraes tiver uma conta em um banco brasileiro, esse banco pode perder o acesso ao mercado financeiro internacional”, disse o economista.
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Impacto nos bancos e empresas
Segundo Kanczuk, instituições como Itaú e empresas como a LATAM poderiam ser afetadas pela manutenção de relações comerciais com o ministro se ele for o alvo da lei. Ele afirmou que os bancos enfrentariam um impasse legal: cumprir a lei brasileira, prestando serviços ou seguindo as sanções dos EUA.
“Se eu prestar esse serviço a Alexandre de Moraes, não tenho acesso aos Estados Unidos. Se não fornecer, sou contra a lei suprema e brasileira”, disse ele.
O economista também afirmou que o risco não está restrito ao setor bancário. Empresas de aviação, como a LATAM, também podem ser penalizadas pela venda de ingressos para o ministro. Nesse cenário, haveria, segundo ele, um estrangulamento generalizado.
“O potencial de destruição é imenso. Você destrói o sistema financeiro brasileiro ao extremo.”
Reação e alternativas
Quando perguntado como o Brasil poderia reagir, Kanczuk avaliou que, do ponto de vista econômico, o país poderia eliminar tarifas para os produtos dos EUA-uma medida que beneficiaria os consumidores e reduziria a inflação.
“A solução óbvia que eu adoraria é: vamos tirar as tarifas dos Estados Unidos, zero. Isso é bom para o Brasil. Mas não será implementado”.
No campo político, ele reconheceu que a margem da manobra é restrita.
“Você não pode enfrentar. Você cede e tenta minimizar seu custo. Dura, mas é a situação.”
Sobre o autor do documento de sancionação, Scott Bessent, o secretário do Tesouro dos EUA, Kanczuk, afirmou que, apesar de ter uma “boa cabeça” e, ao contrário das tarifas, ele está subordinado ao ex -presidente Donald Trump.
“É uma posição política. Ele fará o que Trump quer que ele faça.”
Estratégia de contenção e discurso político
O entrevistado sugeriu que o Brasil poderia adotar uma estratégia semelhante à usada pela Europa: promessa investimentos bilionários nos Estados Unidos, mesmo que não haja garantia de que essas contribuições sejam realizadas.
“É uma promessa que não será cumprida, mas Trump pode usar politicamente. Ele diz: ‘Eu recebi essa promessa de 100 bilhões de dólares que virá aqui’. É bom para ele. “
Kanczuk terminou sua análise observando que, diferentemente dos Estados Unidos, que podem decolar do Brasil a baixo custo, o Brasil não tem o mesmo poder de barganha.
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