O presidente da Aprosoja MT, Lucas Costa Beber, disse que a associação com preocupação com as negociações comerciais entre o Brasil e os Estados Unidos, especialmente após o anúncio de tarifas adicionais pelo governo dos EUA. Ele argumenta que o Brasil adota uma posição diplomática e evita a retaliação, para não comprometer os setores estratégicos do agronegócio.
“Entrar em uma guerra contra os Estados Unidos é praticamente uma guerra perdida”, disse ele em entrevista com Equipe realde Times Brasil – CNBC exclusivo licenciadoAo comentar sobre os riscos de uma escalada tarifária entre os dois países.
A principal preocupação está relacionada à dependência da agricultura brasileira em relação à tecnologia, insumos e equipamentos importados dos EUA. Segundo a bebida, o setor usa software, componentes eletrônicos e máquinas agrícolas dos EUA.
Além das importações, a bebida destacou a importância dos Estados Unidos como um destino de exportação brasileiro indireto, especialmente na cadeia de carne. A alimentação usada para confinamento de gado e galinhas depende de farelo de soja e milho produzidos no Brasil. “O frango depende totalmente de farelo de soja e milho para a produção de carne e ovos”, disse ele.
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Outro ponto mencionado é a importação de diesel. Segundo ele, 25% do petróleo a diesel consumido no Brasil vem dos Estados Unidos. Aumentar o preço desse combustível afetaria o custo de produção, a colheita e o transporte de alimentos, com impacto direto na inflação. “Isso interferirá diretamente no preço da comida aqui no país”, disse ele.
Lucas Beber também criticou a proposta do governo federal de aplicar a Lei de Reciprocidade So So -em resposta às tarifas dos EUA. Segundo ele, isso pode resultar em mais custos para o produtor rural e comprometer a competitividade do agronegócio. “Nossa partida é diplomacia e reserve esse discurso exclusivo de moedas do BRICS ou substituição de dólares”, disse ele.
Quando perguntado sobre a exportação direta de soja para os EUA, a bebida explicou que isso ocorre apenas em anos com quebras de culturas naquele país. No entanto, os produtores de soja e milho estão presentes em várias exportações, como etanol, carne e ovos.
Ele também se referiu ao caso da Argentina em 2006, quando o governo local tributou as exportações de carne. Segundo a bebida, a medida resultou na perda de espaço no mercado internacional e no aumento do preço no médio prazo. “No curto prazo, o preço da carne despencou, mas devido à falta de lucratividade, os produtores mataram as matrizes e, em três anos, a carne era mais cara do que antes”, disse ele.
Beber defende a abertura de mercados e acredita que as medidas protecionistas danificam a economia brasileira. Na sua opinião, “o mercado mais livre, mais chance temos de aumentar as exportações no futuro”.
O presidente da Aprosoja também enfatizou que o agronegócio é um dos setores que gera mais empregos no Brasil e depende da estabilidade nas relações comerciais. Ele também mencionou a vulnerabilidade de outras indústrias, como a Embraer, que importa motores e placas eletrônicas dos Estados Unidos. “Pode entrar em colapso como esse setor, causando desemprego”, disse ele.
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