As classificações de Moody mudaram de estável para negativa, sua perspectiva global para classificações soberanas, citando uma crescente instabilidade geopolítica e mudanças na dinâmica do comércio internacional. A decisão reflete os impactos das tensões políticas e tarifárias, que estão pressionando as condições de crédito dos governos em todo o mundo.
Segundo a agência, o aumento das incertezas comerciais, impulsionado por novas tarifas generalizadas impostas pelos Estados Unidos – incluindo uma taxa de 10% em todas as importações e transbordamentos direcionados à China – sinaliza um reposicionamento de cadeias de suprimentos globais.
Esse movimento já afeta as previsões econômicas e compromete os investimentos em produtividade, bem como adiar os esforços de consolidação de impostos.
Hostilidades recentes no Oriente Médio envolvendo Israel e Irã, embora parcialmente contidas, também contribuem para o cenário de instabilidade, com efeitos diretos nos mercados de energia e rotas comerciais estratégicas. A Moody avalia que esses riscos devem continuar afetando negativamente os perfis de crédito do país.
O novo panorama prevê uma desaceleração econômica prolongada, menos abrupta do que a observada durante a pandemia, mas com efeitos duradouros nas receitas tributárias e estratégias de crescimento. A agência revisou suas projeções de crescimento para todas as regiões, com ênfase nas quedas nas expectativas da América do Norte, Ásia -Pacífico e Oriente Médio.
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A China foi reduzida para menos de 4%, enquanto países como Coréia do Sul, Tailândia, Vietnã, Arábia Saudita e Omã também enfrentam revisões significativas. Exportadores europeus como Alemanha, Hungria, Tchéquia e Eslováquia foram igualmente afetados.
Por outro lado, economias com demanda doméstica robusta, como Brasil, Índia e Indonésia, mostram maior resiliência.
Moody é alertado sobre o impacto fiscal das políticas de desaceleração e estímulo. Nações como México, Romênia e Panamá podem enfrentar dificuldades adicionais para equilibrar suas contas públicas. A volatilidade dos preços do petróleo representa outro fator de risco, especialmente para países exportadores dependentes de commodities, como Angola, Kuwait e Arábia Saudita.
Os mercados fronteiriços com baixa liquidez, como Bahrein, Egito e Tunísia, permanecem vulneráveis a choques e riscos externos de refinanciamento.
A agência sinalizou que uma reversão nas tarifas e avanços nas negociações comerciais poderia restaurar parte da estabilidade perdida. No entanto, por enquanto, os riscos predominam e reforçam o viés negativo nas avaliações soberanas.
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