O ministro da Economia Espanhola, Carlos Cuerpo, disse que um pacto tarifário entre a UE e Washington deve ser “justo e equilibrado”, embora ambos os lados permaneçam longe de um acordo com o final do prazo final de julho.
“Ainda há um longo caminho a percorrer para um acordo, mas ainda há um desejo de fazê -lo”, disse Cuerpo à AFP em entrevista na quinta -feira (12).
Seus comentários foram feitos durante uma viagem a Houston, Texas, na tentativa de tranquilizar as empresas espanholas abaladas pelas tarifas abrangentes do presidente dos EUA, Donald Trump.
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Trump impôs uma taxa de 10% a quase todos os parceiros de negócios, incluindo a União Europeia, desde que retornou à presidência em janeiro.
Cuerpo também ameaçou impor taxas mais pesadas de 50% no quarteirão, embora ele suspeivesse a taxa mais alta até 9 de julho.
Por enquanto, as tarifas atuais de Trump, incluindo 25% das taxas nos EUA em carros importados e 50% de taxas de aço e alumínio, estão afetando as empresas europeias, disse Cuerpo.
A pressão aumenta com a abordagem de julho.
O Secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, disse à CNBC nesta semana que um acordo com a UE provavelmente estará entre os últimos a serem concluídos por Washington, embora permaneça otimista de que ambos os lados atinjam esse objetivo.
Chegar a um acordo até 9 de julho seria o ideal, pois sinaliza “certeza e confiança”, disse Cuerpo.
Ele disse que as coisas estão “progredindo”, enfatizando que “há unanimidade entre os 27 estados membros para chegar a um acordo justo e equilibrado”.
Não ‘reação exagerada’
Ele acrescentou que, embora a Europa tenha preparado um pacote de resposta às tarifas de Trump, Bruxelas está adiando a implementação para que não possa ser “interpretada como uma subida nesse conflito tarifário”.
É essencial que a UE dê um “sinal muito claro” de que deseja fechar um acordo com o governo Trump, disse ele.
“A chave é evitar qualquer elemento de reação exagerada”, acrescentou.
Além da UE, as tarifas americanas mais altas sobre produtos de dezenas de economias, incluindo o Japão e a Índia, também devem entrar em vigor em julho.
Trump assumiu uma posição especialmente difícil em comparação com a China, quando Pequim se retirou nas tarifas americanas, com os dois lados envolvidos em uma crescente guerra tarifária que foi suspensa apenas temporariamente.
O ministro espanhol espera que as tarifas de Trump tenham um efeito limitado no crescimento econômico de seu país este ano, dada sua menor exposição ao mercado dos EUA.
Mas ele alertou que certos setores, como azeite e vinho, correm maior risco à medida que mais dessas exportações vão para os Estados Unidos.
Enquanto isso, Cuerpo também destacou a importância do Acordo de Mercosur, um acordo comercial entre a União Europeia e quatro países da América do Sul, incluindo o Brasil.
Questionado se uma nova ordem comercial global está surgindo, Cuerpo respondeu: “Esse sentimento é amplamente compartilhado”.
“Estamos testemunhando um reequilíbrio dessas relações comerciais internacionais e o que ninguém sabe é o que será o novo ponto que alcançaremos”, acrescentou.
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