Com mais de uma hora de atraso, o vice -presidente e ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, começou, na terça -feira (13), a sessão de assinatura da medida provisória do Brasil soberano, ajudando os setores afetados pela tarifa de 50% dos Estados Unidos. Por volta das 13:05, o presidente Lula assinou a medida provisória.
Em seu discurso, Alckimin afirmou que “não há justificativa” para a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos nas exportações brasileiras.
“Fizemos um esforço para ouvir todos os setores – agro, indústria, empresas americanas no Brasil. A cada 10 produtos que os americanos exportam para nós, 8 não têm tributação e, nas taxas médias restantes, são 2,7%. De janeiro a julho, a importação do Brasil com os EUA cresceu 12,7%, enquanto nosso crescimento de exportação foi inferior a 5%.
Segundo ele, 36% das empresas exportadoras brasileiras serão diretamente afetadas porque não estão incluídas na lista de exceções. Para apoiar o setor produtivo, a Alckmin destacou a expansão do Reintegra – que retorna 3% do valor exportado e agora será estendido a todas as empresas que exportam para os EUA – e a extensão para mais um ano do regime de desvantagem, que isenta de informações importadas usadas na produção de bens exportados. Ele também citou medidas de crédito e fundo de garantia, a ser detalhado pela equipe econômica.
O ministro das Finanças, Fernando Haddad, disse que o Brasil está sendo sancionado “mesmo tendo um déficit comercial com os EUA e que a resposta do governo busca aliviar o impacto imediato”. Superaremos essa dificuldade imposta de fora, infelizmente apoiada por setores radicalizados da política brasileira. Esta não é a única, mas é uma resposta imediata às empresas que sofrem com a tarifa de 50%”, afirmou.
Haddad enfatizou que a maior reforma tributária da história, já aprovada no Congresso, é uma medida estrutural que favorece os exportadores e trabalhadores, com isenção isenta de cestas e medicamentos básicos. Ele disse que o governo está fortalecendo “duas pernas fundamentais” do setor exportador: o Fundo de garantia de exportaçãoque terão os recursos para financiar em empresas de baixo custo afetadas pela tarifa e outros exportadores, e o seguro de crédito de exportaçãoque será reestruturado para expandir o acesso, incluindo pequenos exportadores.
Além disso, o Reintegra retorna à legislação como mecanismo temporário até o final de 2026, permitindo que os exportadores recebam parte dos impostos pagos e produtos mais baratos para competir no mercado estrangeiro. A desvantagem, que isenta os impostos sobre insumos importados usados na produção de exportação, também foi estendida.
Haddad também destacou as compras do governo como uma maneira de absorver produtos perecíveis – como peixes, frutas e itens de almoço escolar – que foram exportados anteriormente para os EUA. Ele alertou que os setores atualmente fora de alcance das tarifas, como algodão e soja, podem ser incluídos no futuro, reforçando a necessidade de diversificação dos mercados.
“O objetivo é fornecer condições para procurar novos mercados e manter o nível de exportação, não apenas em Agro, mas também em grandes indústrias e entre pequenos exportadores. É um líder de proposições destinadas a mitigar esse impacto inicial da tarifa”, disse Haddad.
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