O presidente da coordenação da melhoria do pessoal do ensino superior (Capes), Denise Pires de Carvalho, disse que os pesquisadores brasileiros com uma viagem aos Estados Unidos deveriam ter um plano B. “O que estou dizendo às pessoas que estão procurando por mim, que aprovaram a bolsa de estudos, é: procure outro país, porque é possível mudar de país antes de ir”, disse Denise.
“Por enquanto, em Capes, não tivemos nenhuma bolsa de estudos com um visto negado, mas temos um grande número de estudantes que vão para lá agora em setembro. Então, eu saberei até agosto. Mas nem eles, nem a embaixada podem dizer o que acontecerá”, acrescentou o presidente de Capes.
Desde o início do governo de Donald Trump, o governo dos EUA endureceu as regras por conceder vistos para estrangeiros que desejam estudar ou participar de pesquisas em universidades americanas.
A medida mais recente foi o requisito para que todos mantenham as redes sociais abertas para análise de publicações. O governo Trump também proibiu a Universidade de Harvard para matricular estudantes estrangeiros.
O presidente da Capes falou sobre o assunto após uma palestra no Fórum das Academias de Ciências do BRICS nesta semana no Rio de Janeiro. Nela, ela disse que destacou a importância da cooperação científica com outros países.
Em 2024, havia mais de 700 projetos, envolvendo 61 países parceiros e resultou na viagem de quase 9.000 pesquisadores brasileiros a outros lugares e vieram de cerca de 1.200 estrangeiros ao Brasil.
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Denise Pires de Carvalho também apresentou dados sobre pesquisas acadêmicas no Brasil. Em 20 anos, o número de cursos de mestrado e doutorado mais que dobrou, deixando quase 3.000 em 2004 para mais de 7.000 em 2023.
Com isso, os programas de pós -graduação foram criados em vários estados até agora não assistidos, mas a desigualdade ainda persiste: dos 4.859 programas existentes hoje, 1.987 estão no sudeste e 991 no sul. Os nove estados da região nordeste concentram os programas 975, enquanto o Centro -Oeste tem 407 e a região norte apenas 289.
O presidente da Capes argumentou que a diminuição das desigualdades regionais é essencial para o Brasil atingir o nível dos países desenvolvidos.
“O Brasil só será capaz de ser um país de alta renda como um todo, se caminhar como o Chile, por exemplo. Ter uma porcentagem maior de pessoas com ensino superior capaz de entrar no mestrado e doutorado. E há uma relação direta entre desenvolvimento econômico, ciência e tecnologia. A China melhorou muito seu produto interno bruto porque investiu em ciências e tecnologia.
Segundo ela, Capes também tentou intervir nesse cenário com ações de redução de assimetria. Uma das medidas foi a adaptação das regras de bolsa de pós -doutorado para programas de excelência, com um grau 6 ou 7, também incorporando programas com a Nota 5 da região norte e cidades com baixa taxa de desenvolvimento humano (IDH).
“Nota 5 Os cursos já estão consolidados, por isso são excelentes cursos, que não receberam uma nota mais alta porque ainda não são internacionais. Todos eles poderão receber outro pesquisador e essa bolsa de pós -doutorado é a chance de consertar esse pesquisador nesta cidade e desenvolver ainda mais esse programa”, explicou Denise.
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