A reunião entre o presidente brasileiro Luiz Inacio Lula da Silva (PT) e os Estados Unidos, Donald Trump, programada para esta semana, deve estar brevemente e focada em estabelecer as diretrizes para os negociadores de cada governo avançarem em negócios comerciais, avaliou o consultor comercial Welber, em uma entrevista com o Times Brasil – CNBC exclusivo.
Barral afirmou que a reunião “definirá os mandatos para seus respectivos negociadores”, abrindo um canal de alto nível que até agora não existia entre os dois países. Ele explicou que, a partir desta reunião, conversas formais podem ser iniciadas semelhantes às que os Estados Unidos já lideraram com a China, México e Reino Unido.
As negociações devem cobrir taxas de importação, comércio digital e terras raras. O consultor observou que Washington adotou uma política tarifária considerada imprevisível pelo mercado.
“Desde o início do ano, tivemos várias taxas anunciadas, não aplicadas, foram anunciadas novamente”, disse ele.
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Trump aprimora as tarifas, com o objetivo de medicamentos, caminhões pesados e móveis importados
A partir de 1º de outubro, uma nova rodada de tarifas dos EUA entra em vigor, com impostos entre 25% e 100% em medicamentos, caminhões pesados, móveis e itens de cozinha e banheiro. Para o Barral, a medida aumenta a necessidade de resiliência das empresas brasileiras e a diversificação dos mercados para reduzir a dependência das exportações para os Estados Unidos.
Segundo ele, as empresas mais vulneráveis são aquelas que concentram as vendas exclusivamente no mercado dos EUA. Para mitigar os riscos, Barral recomenda que as empresas brasileiras procurem outros destinos e fornecedores e siga de perto a evolução das negociações entre Washington e Pequim.
O consultor também apontou que o setor agrícola dos EUA enfrenta pressão por escalada e retaliação de parceiros de negócios, especialmente a China, que pode influenciar a posição de Trump. Ele lembrou que o Brasil e os EUA competem em commodities como soja, milho e carne, o que faz as consequências dessas conversas relevantes para o agronegócio brasileiro.
Finalmente, Barral também alertou sobre possíveis efeitos inflacionários nos Estados Unidos. Segundo ele, o impacto das tarifas “ainda não chegou totalmente à economia americana”, mas pode ser repassada aos consumidores à medida que os estoques diminuem, eventualmente forçando uma revisão de medidas tarifárias.
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