Com o avanço das técnicas de fertilização in vitro (fertilização in vitro), a triagem genética de embriões está se tornando uma realidade cada vez mais acessível para famílias que buscam evitar doenças hereditárias antes da gravidez. A empresa de biotecnologia da orquídea, fundada por Noor Siddiqui, é pioneira nesse campo, oferecendo testes genéticos em embriões para identificar possíveis doenças antes da implantação no útero. Em uma conversa exclusiva com a CNBC, Siddiqui compartilhou os avanços da tecnologia, os custos envolvidos e as questões éticas ao seu redor.
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A proposta da Orchid é detectar doenças monogênicas e poligênicas, que podem ser transmitidas de geração em geração, oferecendo aos pais uma escolha informada sobre a saúde de futuras crianças. “A ciência e a medicina visam reduzir o sofrimento”, disse Siddiqui, observando que a missão da empresa é permitir que os pais evitem doenças graves e impactantes. No entanto, a tecnologia gera controvérsia. Embora a possibilidade de evitar doenças como câncer pediátrico, defeitos congênitos e formas genéticas de autismo seja observado com otimismo, o bioeticista Robert Klitzman levanta preocupações sobre a ética dessa prática. Segundo ele, a triagem genética pode acentuar as desigualdades sociais, pois o custo dos testes pode torná -las inacessíveis para muitas famílias.
Os testes de orquídeas analisam cerca de 1% do DNA do embrião, verificando até 1.200 condições genéticas com 99% de precisão. O custo pode variar de US $ 2.500 a US $ 12.000 por embrião, dependendo do número de embriões analisados. Além disso, a triagem de doenças poligênicas, que leva em consideração não apenas mutações genéticas, mas também fatores ambientais, foi considerada impossível até recentemente, mas agora é viável graças à redução no custo do sequenciamento genético.
A tecnologia tem um grande potencial para mudar o campo da medicina reprodutiva, mas especialistas como Klitzman questionam como ela pode ser comercializada e as implicações sociais de sua adoção. Ele alerta sobre o risco de gerar alarmes desnecessários em condições genéticas com baixos riscos relativos, como a esquizofrenia, em vez de se concentrar em doenças realmente graves.
Enquanto a Orchid continua a expandir seus testes e coletar milhares de amostras semanalmente, a discussão ética sobre a seleção genética de embriões continua a crescer. Essa tecnologia se tornará uma prática comum ou a sociedade precisará enfrentar questões fundamentais sobre a manipulação genética e os valores que definem o que significa ser “normal” ou “perfeito”?
Com avanços significativos já feitos, a triagem genética do embrião promete remodelar a medicina reprodutiva, mas a maneira como lidamos com as implicações éticas dessa prática pode definir o futuro das escolhas genéticas na reprodução humana.
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