O Dia dos Pais de 2025 deve mover R $ 7,97 bilhões no varejo brasileiro, de acordo com as estimativas da Confederação Nacional de Comércio (CNC). Se confirmado, será o maior volume desde 2014, com uma descarga de 3,2% nas vendas no mesmo período do ano passado.
Para o CNC, o resultado é impulsionado principalmente pelo mercado de trabalho aquecido e pelo avanço da renda média dos brasileiros.
“O desemprego está no chão histórico, e não é apenas a ocupação que cresceu. A renda média real também aumentou em comparação com o ano passado”, explica o economista -chefe da CNC Fábio Bentes, em entrevista à Equipe real. No entanto, ele considerou que o consumo ainda enfrenta obstáculos como inflação persistente, crédito caro e alto inadimplência.
Mesmo com esses freios, o desempenho esperado é considerado positivo para a quarta data comemorativa mais importante do calendário comercial – atrás do Natal, Dia das Mães e Dia das Crianças. “É uma data que abre o segundo semestre do varejo. E, apesar do ambiente macroeconômico restritivo, o setor tem razões para otimismo moderado”, diz Bentes.
Roupas e cosméticos lideram preferências
O setor de roupas deve liderar as vendas do dia dos pais, com receitas estimadas de R $ 3,2 bilhões, seguidos pelo segmento de cosméticos e perfumaria, que ganhou força. “Farmácias e lojas de beleza modernizaram, diversificaram a mistura e operam com reajustes menores. Eles estão colhendo os frutos agora”, diz o economista.
A inflação dos serviços e a desvalorização esperada do real até o final do ano, em parte devido à tarifa dos Estados Unidos, ainda devem gerar pressão sobre os preços. O CNC projeta o dólar entre US $ 5,60 e US $ 5,70 até dezembro. Isso pode custar produtos importados e, consequentemente, o consumo de impacto no Natal e na Black Friday, segundo Bentes.
Consumo de desafio de crédito e endividamento
O otimismo de varejo oculta um cenário desafiador de crédito. Com Selic em 15% ao ano, o custo dos financiamento do consumidor quebra registros. De acordo com os dados do banco central, a taxa média de juros do consumidor está no nível mais alto nos últimos dois anos.
“O maior problema é a inadimplência. Cerca de 81% das famílias com renda de até três salários mínimos são endividados, e parte significativa deles não pode pagar atualizada”, diz o economista. No entanto, ele acredita que o mercado de trabalho ajuda a amortecer os impactos de curto prazo.
Tarifa: mais expectativa do que impacto
Na avaliação do CNC, os efeitos diretos da tarifa dos EUA ainda não atingiram o comércio brasileiro, uma vez que o governo federal não adotou medidas de reciprocidade. “Se houver retaliação, o problema será internalizado. Mas, por enquanto, o varejo sente apenas os reflexos indiretos, como a expectativa de um dólar mais alto”, alerta Bentes.
Hoje, 36% da agenda de exportação brasileira para os EUA já está sujeita a uma taxa de 50%, depois de revisar a lista inicial que previa a taxa de imposto para todos os produtos. Para o varejo, a preocupação é com as importações inelásticas, como combustíveis e medicamentos, que podem pressionar a inflação se a taxa de câmbio avançar.
“É um cenário ainda gerenciado, mas requer cautela. O mais importante agora é evitar uma escalada retaliatória”, conclui o economista -chefe da CNC.
__
Onde assistir o maior canal de negócios do mundo no Brasil:
Canal 562 CLAROTV+ | Canal 562 céu | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadores regionais
Sinal aberto da TV: canal parabólico 562
Online: www.timesbrasil.com.br | YouTube
Canais rápidos: Samsung TV Plus, Canais LG, Canais TCL, Plutão TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novo streaming