A luta livre entre os Estados Unidos e a China em relação às tarifas de importação dominou os negócios no mercado de moedas na quarta -feira (9). O dólar em dinheiro oscilou mais de 25 centavos entre o máximo (R $ 6.0967) e o mínimo (R $ 5.8298), após o comportamento do dólar contra moedas de países emergentes.
No final da sessão de negociação, o dólar à vista foi negociado a R $ 5.8473, caindo 2,52%. A moeda interrompeu uma sequência de três dias em um aumento na alta, que acumulou apreciação de 6,57%. Apesar do outono na quarta -feira, o dólar ainda tem ganhos de 2,49% em abril.
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Escalada e retração em dólares
De manhã, a moeda quase atingiu R $ 6,10, impulsionada pela decisão da China de aumentar as tarifas de importação em produtos dos EUA de 34% para 84%, como retaliação pela decisão de Donald Trump de terça -feira de aplicar 104% de tarifas totais aos chineses.
A intensificação da guerra comercial aumentou os temores de recessão nos Estados Unidos e em todo o mundo, elevando os preços das commodities, com o barril de petróleo operando abaixo de US $ 60 (R $ 306,00). Também pesava contra as moedas latino -americanas a perspectiva de enfraquecer Yuan, uma estratégia usada pela China para mitigar o impacto da tarifa de Trump.
“Moedas emergentes, especialmente as da América Latina, refletem muito a dinâmica das commodities, que estavam livre de queda pela manhã”, diz o economista -chefe dos novos investimentos futuros, Nicolas Borsoi. “É importante destacar que os investidores veem o Brasil como um substituto para os ativos da China. O dia em que a China sofre e Yuan se deprecia, o real também cai”.
Trump faz movimento inesperado
A maré virou depois das 14h, quando Trump fez um movimento para evitar uma frente conjunta contra a tarifa e isolar a China. Em um post da rede social, o presidente dos EUA aumentou as taxas para os chineses para 125%, mas limitou tarifas a países que não retaliam os EUA para 10% por 90 dias. Para o Brasil, que já estava na faixa mínima de 10%, nada muda.
Na gangorra do mercado global de moedas, a mensagem de Trump fez com que o dólar ganhasse fundamento de pares como euro e iene japonês, mas perdendo força em comparação com moedas emergentes e exportadas por commodities, destacando pesos reais, mexicanos e colombianos, bem como a rand sul-africana.
Impactos nos mercados
As malas em Nova York dispararam, com o índice da Nasdaq exibindo ganhos maiores que dois dígitos. Os preços do petróleo mudaram de direção, mostrando alta empresa. O contrato Brent para junho foi fechado com apreciação de 4,23%, para US $ 65,48 (R $ 334,00) o barril. Aqui, Ibovespa, que oscilou em torno da estabilidade, subiu mais de 3%, impulsionada pelos papéis de Petrobras e Vale.
Para Borsoi, do novo futuro, Trump parece ter percebido que ele “exagerou” com a tarifa, cujo resultado poderia ser a recessão da economia americana. “A princípio, o sentimento é de alívio nos mercados. Mas ainda é necessário ver se a China está disposta a sentar à mesa e negociar, cedendo em alguns momentos”, diz o economista.
Possíveis negociações
Em uma entrevista coletiva por volta das 16h, Trump afirmou que “um acordo será feito com a China e todos os países” sobre a questão das tarifas de importação. “Quero acordos justos para todos”, disse ele. Segundo ele, o país asiático quer uma negociação, “mas não sabe como começar”.
Além disso, a tarde, as atas da reunião do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA) reforçaram no mês passado a perspectiva de que a tarifa de Trump resulta em mais inflação e menos crescimento. Mais uma vez, o Fed afirmou que a política monetária está bem posicionada para lidar com as incertezas causadas pela tarifa.
A ferramenta de monitoramento do grupo CME mostrou, após o declínio de Trump, um aumento nas chances de interesse inicial no Fed em junho, com uma maior probabilidade de uma redução total de 75 pontos base em 2025.
“O Fed tentará manter o mercado em banho -maria, com um tom muito suave, sem validar os cortes estimados pelo mercado. A postura está esperando para ver como as tarifas afetarão a inflação e a atividade”, diz Borsoi, do novo futuro.
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