Mesmo após o anúncio (em 9 de julho) e a entrada em vigor da tarifa de Donald Trump (6 de agosto), que colocou o Brasil como o país mais direcionado do mundo, o real era a moeda que mais valorizou no dólar nos últimos 30 dias.
Entre 13 de julho e 13 de agosto, a moeda brasileira subiu 3,7%em comparação com Americana, superior às moedas como o rand sul -africano (1,8%), o húngaro forint (1,3%) e o peso chileno (1,2%). Apenas quatro outras moedas tiveram variação positiva no período – libra esterlina (0,5%), peso mexicano (0,8%), zloty polonês (0,1%) e euro (0,1%) – todos com ganhos próximos a zero.
Considerando apenas os últimos cinco dias, o Real manteve a liderança em apreciação. No mesmo intervalo, o peso argentino e o roy indiano caíram 3% e 2%, respectivamente.
Para Silvio Campos Netro, sócio e economista da Trends Consulting, o movimento não é isolado do Brasil. “Nossa taxa de câmbio está seguindo uma desvalorização global do dólar, não apenas pela expectativa de cortar o interesse nos Estados Unidos, reforçado por dados do mercado de trabalho mais fracos, mas também pelo agitação institucional do governo de Trump, que aumentou a percepção de risco sobre os EUA”.Ele disse.
O índice do dólar (DXY), que mede o desempenho do dólar contra uma cesta de moedas estrangeiras, acumula uma queda de 20% desde o início do ano.
Silvio Campos acrescenta que os ataques de Trump ao Federal Reserve, especialmente o presidente Jerome Powell, geram medo de um banco central mais branda a partir da mudança de comando em maio de 2026. “Há um medo de que um presidente seja escolhido para simplesmente sancionar as demandas por reduções voluntaristas de juros, o que preocupa os mercados”.Ele disse.
Para Jefferson Rugik, sócio da Correparti, o diferencial de interesse também suporta o Real. “O dólar está desvalorizando globalmente com a forte possibilidade de um ciclo de cortes de juros dos EUA desde setembro, e o Real está se beneficiando do interesse do interesse entre os Estados Unidos e o Brasil, que pode trazer capital especulativo ao país”.Ele disse.
Alexandre Viotto, chefe bancário da EQI Investimentos, ressalta que as apostas por cortes de juros do Fed são mais de 90%, de acordo com dados da Bloomberg. “Isso mantém baixa pressão sobre o dólar e favorece moedas como real. Além disso, no mercado de taxas de câmbio, vemos investidores antecipando um possível cenário político mais pró-mercado no próximo ano, que também sustenta a apreciação da moeda brasileira”.avaliado.
Felipe Corletta, sócio da GTF Capital, ressalta que os fatores domésticos também influenciaram. “Isso ocorreu devido à queda da inflação e à postura ainda difícil do banco central para manter o alto seletor”, disse ele.
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