A inteligência artificial generativa (IA) já começa a redefinir os métodos tradicionais de pesquisa e análise de comportamento humano, estudos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Pesquise o comportamento de consumidores, eleitores ou especialistas sem realizar entrevistas, por exemplo, já é uma realidade de acordo com o professor e pesquisador do Instituto de Pós -Graduação e Pesquisa em Administração (Coppead), Paula Chimenti. Segundo ela, essa transformação é possível graças aos dados sintéticos, uma inovação baseada em modelos generativos de inteligência artificial.
O professor, que coordena o Centro de Estudos de Estudo e Inovação da Coppead, lidera pesquisas que demonstram como os grandes modelos de idiomas (LLMS) podem gerar simulações realistas de vários públicos, permitindo uma análise de grande escala e de baixo custo.
“É como entrevistar milhares de pessoas em tempo real, sem o custo e a complexidade da pesquisa tradicional. Isso abre novas possibilidades para negócios, políticas públicas e inovação”, diz Paula em comunicado. Entre as principais aplicações dos dados sintéticos, destacamos:
- Teste de produtos, serviços e campanhas publicitárias com consumidores simulados;
- Simulação de audiências específicas para avaliar séries, scripts e pilotos de elenco;
- Apoio à tomada de decisões estratégicas em governos e instituições financeiras;
- Transformação qualitativa de dados em quantitativa, integrando diferentes abordagens de pesquisa;
- Redução de riscos nas decisões de negócios, com impacto direto nas avaliações de negócios.
“Com essa tecnologia, as empresas podem criar réplicas digitais altamente confiáveis de seu público. Isso torna previsível o que antes era incerto: a reação do consumidor”, diz ele.
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Dilemas sociais
O professor também aponta que a tecnologia também permite avaliar a infraestrutura da inovação em um país ou simular o julgamento moral de uma população diante de dilemas sociais – todos com algoritmos que replicam comportamentos humanos. No entanto, o pesquisador indica que o uso de dados sintéticos não substitui o contato real pelo consumidor.
Segundo ela, a tecnologia atua como um poderoso filtro inicial, capaz de testar hipóteses, economizar recursos e acelerar decisões antes da validação no mundo real.
“No contexto atual, onde os dados gerados são interrompidos, essa inovação também nos permite transformar entrevistas e conversas em dados estruturados para análise quantitativa – excedendo as limitações históricas entre métodos qualitativos e quantitativos”, diz Paula, acrescentando que os dados sintéticos representam uma vantagem competitiva real, permitindo mais rápidas, baratas e assertivas.
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