As empresas de tecnologia dos Estados Unidos intensificaram as críticas ao ambiente regulatório brasileiro. Em manifestações enviadas para US Commerce Representative Office (USTR)associações como o Conselho da Indústria de Tecnologia da Informação (ITI)um Associação de Tecnologia do Consumidor (CTA) e o Associação da Indústria de Computação e Comunicações (CCIA) Eles apontaram para medidas consideraram barreiras comerciais e pediram ao governo de Donald Trump que pressione Brasília.
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As entidades, que reúnem gigantes como Amazon, Google, Apple, Microsoft, Meta, IBM, Intel, Dell, Nvidia, Visa, Mastercard, Uber, Samsung, Sony, LG, Spotify e eBaycitou a decisão do Tribunal Federal Supremo (STF) Aquele derrubou o artigo 19 da Internet civil Marco e o Resolução 780/2025 de Anatelque expande a responsabilidade dos mercados de anúncios de terceiros. Também criticou o avanço das propostas para Big Techs Taxation Defendido pelo Presidente Luiz Inacio Lula da Silva e Parlamentares.
Inteligência artificial e data centers
Outro ponto de preocupação é o PL 2338/2023que regula a inteligência artificial no Brasil. O projeto prevê remuneração a autores cujo conteúdo é usado para treinar algoritmos e classifica vários sistemas como “alto risco”. Para as associações, os requisitos são “tecnicamente inviáveis” e podem restringir a presença de empresas americanas, favorecendo os concorrentes chineses.
As críticas também se estenderam à expansão do desempenho de Anatel sobre data centers e serviços digitaisConsiderou um excesso regulatório que, de acordo com a CCIA, ameaça investimentos em infraestrutura e conectividade em nuvem no Brasil.
Para o especialista em tecnologia e inovação Nobre MarcelA reação dos grandes técnicos é esperada, mas não deve impedir o regulamento:
“O discurso de que a regulamentação matará a inovação é frágil. Essas empresas se adaptam a mercados mais rigorosos, como a União Europeia, e permanecem lucrativos. O que não pode acontecer é apenas pensar sobre a lucratividade e ignorar os impactos sociais e culturais de seus serviços”.
Pressão diplomática
Em uma carta à USTR, a ITI afirmou que “o governo dos EUA deveria permanecer vigilante em sua oposição à proliferação de medidas destinadas a empresas americanas” e solicitou previsibilidade regulatória. O CTA enfatizou que o Brasil é um mercado estratégico, mas alertou contra a adoção das regras da União Europeia que poderiam restringir a concorrência.
Segundo a CCIA, apenas em 2024 os EUA exportados US $ 12 bilhões em serviços digitais para o Brasile quaisquer restrições podem comprometer esse fluxo. As associações argumentam que as medidas brasileiras são tratadas como barreiras comerciais na investigação em andamento, o que pode resultar em negociações bilaterais ou até tarifas de retaliação.
Noble lembra que o cenário também envolve disputa geopolítica:
“O Brasil é um mercado relevante e, dentro do BRICS, ganha mais força para se impor. A pressão dos negócios nos EUA é uma maneira de transformar o debate regulatório em uma questão diplomática, mas o país não pode desistir da soberania digital”.
Regulamentação no Brasil: Proteção para crianças no ambiente digital
Ao mesmo tempo em que enfrenta críticas externas, o Brasil avança em sua própria agenda regulatória. A Câmara dos Deputados aprovou o Lei 2628/2022que cria mecanismos para proteger crianças e adolescentes em ambientes digitais e procura combater a chamada adultização.
A proposta obriga plataformas a adotar medidas contra a exposição de menores a conteúdo inadequado – como violência, assédio, pornografia e jogo – e fornece multas de até R $ 50 milhõesAlém da suspensão ou mesmo da proibição de atividades no país.
Para nobre, o projeto é um avanço necessário:
“Essas plataformas vivem da economia da atenção. Os algoritmos são programados para prender usuários, mesmo que isso signifique expandir o conteúdo inadequado. A lei vem à demanda de filtros e corresponde às empresas, algo que já é possível, mas geralmente não é feito por falta de interesse”.
O texto, que retorna ao Senado, ganhou força após a repercussão do vídeo do influenciador Felcaque denunciaram a circulação de conteúdo abusivo contra crianças e adolescentes nas redes sociais.
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