O ex -presidente do Banco Central Arminio Fraga avaliou que a situação nos Estados Unidos é “dramaticamente mais complexa e arriscada do que estava de volta”. Para ele, um problema conosco é a perda de poder suave, que representa uma situação perigosa na qual os valores democráticos podem estar em segundo plano.
Ele participa da ‘economia: Trump, tarifas e o fim da globalização?’ Painel no 11º. A Brasil Conference, um evento anual realizado pela comunidade estudantil brasileira na região de Boston, que ocorre neste sábado, 12.
Ele fez uma leitura histórica e considerou que hoje todos os problemas que estão no ar são muito grandes, o que é uma coisa nova. “Mesmo antes da guerra comercial, a Guerra Fria já tinha os Estados Unidos e a China, acho que não há outra descrição possível. Possui tensões no Oriente Médio, invasão da Ucrânia”, disse ele, citando possíveis mutações de vírus e aquecimento global. Nesse contexto, ele diz, o presidente dos EUA, Donald Trump, retorna com idéias para assuntos que já foram resolvidos.
“Os Estados Unidos sempre foram uma espécie de modelo, guia a estrela para que o restante do planeta evoluisse bem. É claro que eu tinha o poder militar, mas acho tão importante quanto, se não, tem o poder suave. A perda de poder suave representa uma situação perigosa, porque a única chance que temos de países como a China crescem bem que o nosso modelo, o modelo democrático, libeal, vai perder.
Gastos públicos brasileiros
O ex -presidente do Banco Central, Armínio Fraga, argumentou que o Brasil repensou as prioridades de gastos públicos, com ênfase na saúde, e que o país precisa enfrentar discussões sobre incentivos “perversos” que beneficiam os mais ricos, incluindo deduções de imposto de renda e demissões fiscais, como a zona livre de manaus.
Armínio Fraga argumentou que o Brasil repensa as prioridades dos gastos públicos, com ênfase na saúde e que o país precisa enfrentar discussões sobre incentivos “perversos” que beneficiam os mais ricos discutir os desafios e oportunidades na saúde pública.
Fraga mencionou que, nos últimos 30 ou 40 anos, os gastos públicos primários passaram de 25% do PIB para 33%, enquanto o investimento público, sem contar empresas de propriedade do Estado, caiu de 5% para 1% do PIB.
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“Isso é um sinal de que precisamos repensar as prioridades dos gastos públicos. Quando olhamos para Sus, com os dados que acabei de mostrar, Sus gasta 4% do PIB. É um assunto que temos que discutir na arena política”, disse ele. Ele já mencionou que o sistema de saúde pública inglesa, que tem uma despesa por captura, em média, seis vezes maior que o brasileiro, tem enfrentado dificuldades.
O economista ponderou o papel do estado brasileiro, que não pode atender a essa demanda por saúde pública, e que precisa enfrentar discussões sobre “incentivos que são perversos”. “De incentivo perverso, o sistema brasileiro é um sistema no qual os subsídios vão para os mais ricos. Exatamente o que estou falando. Estamos falando de deduções de imposto de renda, tanto em indivíduos quanto em entidades legais e muito mais”, disse ele.
Questionado sobre como melhorar os formulários de financiamento do SUS, Fraga considerou que é possível fazer com que os ganhos melhorem o gerenciamento do sistema e a adoção de novas tecnologias, mas enfatizou que existe um problema de prioridade orçamentária. Ele disse que o dinheiro está em três grandes blocos, um dos mais relevantes são os gastos tributários.
“Estou falando sobre isso, de vários tipos de subsídios que variam de zona livre de Manaus a sistemas especiais de imposto de renda para aqueles que seguem o lucro simples e presumido, que, finalmente, são enormes subsídios para os mais ricos”, disse ele.
Fraga também disse que a taxa de imposto paga pelas pessoas mais ricas é baixa e citada como exemplo, um advogado que possui receitas anuais no teto do SIMPLES, que é de US $ 4,8 milhões e pagará 5% de imposto sobre receita. Para ele, a taxa de imposto para essas pessoas pode ser de cerca de 10%.
“Algo está se discusando tarde, mas finalmente, mais tarde do que nunca”, disse ele, aludindo à proposta de reforma de renda enviada pelo governo Lula, que expande a isenção de RI àqueles que recebem até US $ 5.000 com contrapartida em impostos de aluguéis mais altos.
Fraga também mencionou a questão demográfica, com o envelhecimento da população pressionando a Seguridade Social e a necessidade de uma nova reforma desse sistema. “Acho que isso pensa nisso, não apenas pode ajudar ou melhorar, aumentar a produtividade do Estado no Brasil, mas, eventualmente, no horizonte de alguns anos, também contribui para ter mais recursos. Isso tem que passar a bola, então, para o Congresso, que deve incorporá -lo em suas prioridades. Este é o jogo”, disse ele.
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