O peso dos alimentos essenciais voltou a crescer no orçamento das famílias brasileiras em outubro de 2025. cesta básica ficou mais caro em 16 das 27 capitais analisadas.
De acordo com Pesquisa Conab em parceria com DIEESEo aumento mais significativo ocorreu em São Luís, impulsionado pela alta de 3,11% no mês.
Os maiores valores da cesta continuam concentrados nas regiões Sudeste e Sul. São Paulo manteve-se no topo do ranking, onde a cesta básica alcançou R$ 847,14. Logo atrás ficaram Florianópolis, Porto Alegre e Rio de Janeiro.
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Na outra ponta, os menores custos foram registrados nas regiões Norte e Nordeste, que possuem composição de produtos diferenciada. Aracaju teve o menor valor médio, R$ 550,18, seguida por Maceió, Salvador e Recife.
O aumento dos preços, porém, não ocorreu de forma homogênea ao longo do ano. Entre dezembro de 2024 e outubro de 2025, das 17 capitais com histórico completo, 11 registraram avanço acumulado.
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Porto Alegre liderou esse movimento com 5,08%. Brasília teve a redução mais intensa no período, com queda de 3,44%. Nos últimos 12 meses, todas as capitais apresentaram aumento no valor da cesta, e Recife se destacou com 10,92%.
A pressão sobre o orçamento também aparece quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido. Em outubro, o trabalhadores pagos pelo salário mínimo comprometeram em média 49,29% de sua renda apenas com alimentação básica.
No mês anterior, esse percentual foi um pouco menor. Mesmo assim, a situação é menos grave do que a observada um ano antes, quando o comprometimento atingiu 51,72% nas capitais com série histórica.
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Com base no valor da cesta básica mais cara do país, o DIEESE calculou que o salário mínimo ideal para sustentar uma família de quatro pessoas deveria ter atingido R$ 7.116,83 reais em outubro. Isso representa quase cinco vezes o mínimo atual de R$ 1.518,00.
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Qual é a razão deste aumento?
As variações do produto ajudam a explicar o cenário. O óleo de soja subiu em todas as capitais e foi influenciado pela menor oferta interna e pela expectativa de alta do dólar.
A batata também ficou mais cara em todas as cidades do Centro-Sul devido à desaceleração da colheita de inverno. Já o arroz teve uma das quedas mais amplas do mês, com queda em 25 capitais, refletindo a ampla disponibilidade do grão e a redução das exportações.
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Os feijões apresentaram comportamentos diferentes. A tipo preta, colhida nas regiões Sul e Sudeste, recuou na maioria das cidades. O tipo carioca avançou em mais da metade das capitais, principalmente no Norte e Nordeste, onde a disponibilidade era menor.
O leite registrou quedas em diversas regiões, com destaque para Porto Alegre, enquanto a carne premium ficou mais cara em 19 capitais, pressionada pela restrição na oferta de animais.
Em relação aos últimos 12 meses, alguns produtos chamaram atenção pela intensidade das variações. O café em pó teve aumentos significativos em todas as capitais com série histórica, impulsionados por menor colheita e menor disponibilidade interna.
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O tomate também teve forte aumento ao longo do ano, principalmente em Natal. A batata e o arroz apresentaram declínios generalizados no período.
O tempo de trabalho necessário para aquisição da cesta também aumentou. Em outubro, o trabalhador precisava dedicar em média 100 horas e 19 minutos para comprar o conjunto de alimentos básicospouco mais do que em setembro.
Com a ampliação da arrecadação de preços e a variação entre capitais, o monitoramento da cesta básica reforça a importância de políticas que garantam o abastecimento e a segurança alimentar.
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O comportamento de comida essencial e cestas básicas continuará a ser monitorado mensalmente pelas instituições responsáveis nos próximos meses.
Confira a tabela de valores e horário de funcionamento
| Capital | Valor da cesta | Tempo de trabalho |
| São Paulo | R$ 847,14 | 122h46m |
| Florianópolis | R$ 824,57 | 119h30 |
| Porto Alegre | R$ 823,57 | 119h21m |
| Rio de Janeiro | R$ 801,37 | 116h08m |
| Cuiabá | R$ 794,77 | 115h11m |
| Campo Grande | R$ 777,28 | 112h39m |
| Curitiba | R$ 761,77 | 110h24m |
| Vitória | R$ 746,22 | 108h09m |
| Goiânia | R$ 720,57 | 104h26m |
| Brasília | R$ 717,65 | 104h00 |
| Belo Horizonte | R$ 716,53 | 103h51m |
| bater palmas | R$ 695,42 | 100h47m |
| Força | R$ 686,78 | 99h32m |
| Macapá | R$ 679,09 | 98h25m |
| Boa Vista | R$ 678,95 | 98h24m |
| Belém | R$ 664,31 | 96h17m |
| Teresina | R$ 646,72 | 93h44m |
| São Luís | R$ 643,31 | 93h14m |
| Manaus | R$ 633,25 | 91h47m |
| Rio Branco | R$ 631,08 | 91h28m |
| Porto Velho | R$ 618,86 | 89h41m |
| Natal | R$ 612,18 | 88h43m |
| João Pessoa | R$ 609,94 | 88h24m |
| Recife | R$ 608,03 | 88h07m |
| Salvador | R$ 606,39 | 87h53m |
| Maceió | R$ 592,25 | 85h50m |
| Aracaju | R$ 550,18 | 79h44m |
Fonte: Conab/DIEESE
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