Apesar das críticas ao presidente Luiz Inacio Lula da Silva, à medida que os Estados Unidos impuseram até 50% das taxas aos produtos brasileiros, o mercado financeiro reagiu com a estabilidade relativa na quarta -feira (6). A IBovespa fechou 1,04%com 134.537 pontos, impulsionada principalmente por balanços corporativos positivos e otimismo internacional com possível interesse nos EUA.
Em uma entrevista com Times Brasil – CNBC exclusivo licenciadoO analista Felipe Corleta, sócio da D-Link Investimentos, disse que as declarações de Lula impactaram pouco na sessão de negociação de quarta-feira, precisamente porque a expectativa de uma solução política direta entre os dois líderes já estava baixa.
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Durante uma entrevista com a agência ReutersLula disse que não pretendia chamar o ex -presidente Donald Trump, responsável pelo decreto tarifário, e classificou a atitude da Casa Branca como “intrusão inaceitável”. Segundo ele, “não há outro proprietário do Brasil, exceto o povo brasileiro”.
“Não preciso ligar para o presidente Trump, porque nas cartas que ele enviou e nas decisões, ele não fala sobre negociação. O que ele faz é uma nova ameaça. E eu não vou agir como ele”, disse Lula, afirmando que Trump age como se pudesse ditar regras para o Brasil.
Percepção do mercado: pouca esperança de acordo entre Lula e Trump
“Acho que a expectativa do mercado hoje é muito baixa de que existe algum tipo de caminho diplomático ou acordo político entre Lula e Trump, dadas as visões de mundo completamente antagônicas dos dois”, disse Corleta em entrevista à Times Brasil – CNBC exclusivo licenciado.
Apesar da ausência de danos imediatos ao índice de Ibovespa, Corleta ressalta que a posição do presidente contrasta com os esforços diplomáticos dos membros do governo, como o ministro das Finanças, Fernando Haddad, e o vice -presidente Geraldo Alckmin.
“Hoje Haddad comemorou a programação de uma reunião com o Secretário do Tesouro dos EUA, o que é positivo. Mas Lula adota uma linha mais difícil. Isso cria uma dissonância dentro do governo”.
A expectativa cai sobre o plano e as negociações técnicas de Haddad
Além da retórica política, o mercado permanece ciente do plano de contingência que será apresentado por Haddad ao Presidente Lula. A proposta inclui crédito subsidiado e compras do governo para apoiar os setores mais afetados.
Corlete alerta os riscos tributários envolvidos:
“Se os recursos do tesouro forem usados expressamente, e se houver uma tentativa de excluir essas compras da estrutura tributária, isso pode levar a um desconforto importante. Além disso, um alto volume de crédito subsidiado pode interferir nas expectativas sobre a taxa sela, complicando o trabalho do banco central”.
Apesar do discurso mais firme de Lula, o analista considera os possíveis avanços nas negociações no segundo nível, como a reunião de Haddad com Scott Bassett, o secretário do Tesouro dos EUA em que abre uma margem para algum acordo setorial.
“É um relacionamento comercial complexo. Talvez o segundo nível possa conversar e chegar a tempo. Isso pode ser positivo para certos setores, mas não altera significativamente o cenário macro”.
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