O Ibovespa B3 abriu o dia perto dos 162 mil pontos, renovando recorde de abertura em meio ao apetite global por risco. O movimento é impulsionado pela expectativa de cortes na Selic, juros mais baixos nos Estados Unidos e pela sinalização de que um perfil mais dovish pode assumir o comando do Federal Reserve.
O quadro confirma o conceito de “rally de Natal”, que é a habitual subida dos índices bolsistas nesta altura do ano, impulsionada, entre outras coisas, pelo aumento significativo do consumo. Este ano, o fenômeno parece ter chegado mais cedo, com o Ibovespa, já no início de dezembro, operando em patamar recorde de mais de 160 mil pontos. E há quem veja espaço para mais no curto prazo.
Segundo Marcos Labarthe, especialista em mercado de capitais entrevistado pela em tempo real, a recuperação de 2025 está a ser apoiada principalmente por investidores internacionais. “Os estrangeiros acreditaram na seleção brasileira e os brasileiros não”, afirmou, lembrando que os fundos de ações registraram uma saída de mais de R$ 37 bilhões no ano. Com a possível queda da Selic em 2026, ele acredita que os investidores locais poderão voltar a participar do movimento.
Labarthe destacou que a inflação brasileira é altamente sensível às taxas de câmbio. Com o enfraquecimento do dólar frente ao real, o ambiente favorece cortes de juros no início do ano. Segundo ele, a perspectiva de uma Selic mais baixa leva os investidores a migrar para ativos de maior risco, como as ações —um dos impulsionadores do rali recente.
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Ele destaca que a construção civil e os bancos foram os primeiros a reagir, após quedas acumuladas nos últimos anos. Petrobras e Vale também apresentam desempenho robusto. Para 2026, Labarthe vê o retalho como um candidato proeminente caso as taxas de juro realmente caiam, também favorecidas pelos estímulos da política fiscal.
Sobre as projeções de 185 mil a 200 mil pontos para o Ibovespa em 2026, Labarthe afirma que o patamar atual é sustentável, mas alerta para possíveis correções. O Brasil, diz ele, é altamente sensível a fatos relevantes e carrega riscos semelhantes aos da Índia, Turquia e México —além do fator eleitoral no próximo ano.
A desvalorização do dólar reduz o peso da dívida em moeda estrangeira das empresas brasileiras e favorece ações com altos dividendos. Segundo Labarthe, com a queda dos juros nos EUA, títulos que oferecem rentabilidade de 5% a 6% ao ano tornam-se mais atrativos para investidores globais. Esses fatores, diz ele, poderão sustentar a Bolsa até o fim de dezembro.
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