Os Estados Unidos acumularam ganhos bilaterais com o Brasil há mais de uma década – e ainda podem cobrar bilhões apenas com uma taxa de imposto.
Um quase empate – que não desenha
Até 2024, o Brasil exportou US $ 40,4 bilhões para os Estados Unidos e importou US $ 40,6 bilhões. O saldo é quase um empate, mas com uma vírgula que importa: superávit americano de US $ 0,25 bilhão.
Vinte -cinco centavos de bilhão para serem precisos. Pode parecer pouco, e é. Mas o padrão é o que importa.
EUA têm excedente excedente nos últimos 16 anos
Para não prolongar a lista, se fizermos apenas dez anos como exemplo, o que parece ser uma linha indisciplinada de superávits dos EUA contra o Brasil: 2023, US $ 1,04 bilhão; 2022, US $ 13,87 BI; 2021, US $ 8,24 BI; 2020, US $ 6,40 bilhões. A média do período é de US $ 4,30 bilhões por ano a favor deles. Excedente contínuo, estrutural e conveniente.
Vamos simular: tarifa e lucro
Agora vamos pensar sobre o que pode estar por vir.
Em tempos de guerras tarifárias disfarçadas de política industrial e rearranjos geoeconômicos globalizados, isso não custa fazer o exercício. Vamos simular.
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Suponha que os EUA decidam aplicar tarifas entre 10% a 50% de suas importações do Brasil. O volume importado total é de cerca de US $ 40 bilhões. Com uma taxa mínima de 10%, o Tesouro dos EUA levaria US $ 4 bilhões. Com 50%, US $ 20 bilhões. Simples assim.
Paribus ceteris tropical
Sim, sabemos que uma tarifa dessa magnitude derrubaria o volume importado pelos EUA. Mas mesmo em um cenário pessimista, estimando, para o nosso exercício aqui, com as exportações brasileiras caindo 25%, de US $ 40 bilhões para US $ 30 bilhões, a receita extra -americana ainda oscilaria de US $ 3 a US $ 15 bilhões -uma receita não trivial unilateral.

Agora vem o mais incrível
Mais interessante: nesse cenário, se o Brasil optar por não retaliar – para manter um mercado aberto, alegre e tropical renunciado – o que acontece é que o superávit comercial dos EUA simplesmente explode o aumento. Mantendo as exportações do Brasil, toda a queda de importação dos EUA transforma automaticamente o excedente.
Mantendo as importações brasileiras, o excedente americano aumenta na ordem direta da queda de suas importações.
O jogo não é bilateral. É binário.
A lógica é perfeita, no pior sentido da palavra: quanto menos exportações do Brasil, maior o equilíbrio americano. Quanto mais exportação, mais receita tarifária os EUA coletam.
Simetria? Somente nos discursos, tanto provocativos quanto zombaria e bravata, entre os dois líderes. O jogo é um -caminho. Mas sorrindo.
Nos gráficos da escala, está lá: por trás da “parceria estratégica”, uma história de superávits para um lado. Exportamos soja, óleo, avião. Nós importamos iPhone, algoritmo e PIB.
E continuamos a celebrar o comércio internacional. Mesmo quando não é bilateral – mas binário.
O Brasil está em uma piscina de bico. A Rethalia trará alegria para uma audiência que não gosta dos EUA ou do capitalismo, que fala de soberania e que o Brasil pertence aos brasileiros, pode até dar força internamente e momentaneamente a um presidente que apenas pensa sobre isso, mas fará com que os produtos pagos pelo cidadão brasileiro. Não retaliasse trará enormes vantagens para os EUA.
No final, ninguém tem ou estará certo, mas será o mais antigo das leis: ele ganhará o mais forte. E sabemos quem é.
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