Além de reforçar uma “política monetária de contração significativa por um período prolongado”, o Comitê de Política Monetária (Copom) instruiu as críticas na ata de sua 270ª reunião às medidas recentes do governo federal a estimular o crédito.
De acordo com o Banco Central (BC), essas iniciativas enfraquecem os esforços para conter atividade econômica e dificultar o controle da inflação.
O texto da ata aponta que o copom vê com preocupação “a ausência no esforço de reformas estruturais e disciplina tributária”, juntamente com o aumento do crédito direcionado e as incertezas sobre a estabilização da dívida pública. Para o comitê, esses fatores podem elevar a taxa de juros neutra da economia.
Na semana passada, o Copom aumentou a taxa selera em 0,50 ponto percentual para 14,75% ao ano – nível mais alto desde meados de 2006.
Sidney Lima, analista da CNPI da Ouro Preto Investimentos, diz que os estímulos do governo promovidos pelo governo impedem o trabalho do BC.
“As atas deixam isso claro. Ao expandir os programas que aumentam a receita disponível e o crédito direcionado, o governo aumenta o consumo precisamente quando o BC procura conter a demanda para controlar a inflação”, diz ele. “O estímulo tributário reduz a eficácia das altas taxas de juros e obriga a BC a manter o Selic Light por mais tempo. O processo de desvio fica mais lento, mais caro e com maior risco de travar a economia”.
O professor Maurício Godoi, da Saint Paul Business School, concorda com a avaliação. Ele ressalta que o governo continua incentivando o crédito, tanto em modalidades direcionadas e consignadas, e que isso aumenta a gestão fiscal que considera indisciplinada.
Segundo ele, a combinação prejudica a luta contra a inflação. “Além disso, recentemente tivemos a disseminação da renda mais alta do trabalhador, aumentando o consumo e pressionando ainda mais a política monetária”, diz ele.
Os dados da IBGE mostram que a renda mensal real per capita atingiu R $ 2.020 até 2024, o valor mais alto da série histórica, com um aumento de 4,7% em comparação com 2023. O rendimento médio de todas as fontes aumentou 2,9% para R $ 3.057, também um recorde.
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Os minutos do copom também menciona sinais de moderação de crescimento, considerados essenciais para a inflação retornar à meta. Em abril, o IPCA foi de 0,43%, acumulando 5,53% em 12 meses.
Para o comitê, “o resfriamento da demanda agregada é um elemento essencial do processo de reequilíbrio entre oferta e demanda da economia e a convergência da inflação na meta”.
O CEO do gerente multiplicado, Volnei Eyng, ressalta que o copom já incorpora em suas projeções o impacto dos empréstimos privados da folha de pagamento. Ele afirma que o Comitê reforça seu compromisso com a meta de inflação citando a política fiscal. “É necessário uma responsabilidade mais governamental do governo acelerar a convergência da inflação para a meta. O risco está em ações populistas com o aumento dos gastos”, diz ele.
A expectativa do mercado é que o Copom mantenha -se seletivo em 14,75% na próxima reunião, programada para 17 e 18 de junho. O Focus Bulletin projeta a inflação de 5,51% em 12 meses.
O XP fornece um ponto adicional de 0,25, a 15%e a manutenção dessa taxa por um período prolongado.
Segundo o corretor, o comitê evitou sinais explícitos e reforçou a necessidade de “cautela e flexibilidade adicionais” na persistência de pressões inflacionárias internas, intensificadas por medidas tributárias recentes.
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