A condição fiscal dos municípios melhorou no ano passado, de acordo com um estudo da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN) divulgada ontem. Na média nacional, em uma escala de 0 a 1 ponto, o Índice de Gerenciamento Fiscal Firjan (IFGF) aumentou de 0,5934, em 2023, para 0,6531 ponto em 2024, e alcançou a zona considerada em “boa situação fiscal”. No entanto, relatos de mais de um terço das cidades ainda são classificados como em uma situação “difícil” ou “crítica”.
“Em um contexto de conjuntura econômica favorável e maior transferência de recursos, o cenário fiscal das cidades melhorou, mas 36% deles – com 46 milhões de brasileiros – ainda têm uma situação fiscal difícil ou crítica”, disse Firjan em seu estudo. Entre as capitais, Cuiabá (MT) e Campo Grande (MS) têm uma situação difícil. Vitória (ES) já foi a única a atingir a nota mais alta.
O estudo avaliou as contas de 5.129 municípios, com base nos dados declarados pelos municípios. De acordo com a escala de pontuação, a situação é considerada “crítica” para resultados abaixo de 0,4 pontos; “Difícil” para resultados entre 0,4 e 0,6 ponto; “Bom” para obter resultados entre 0,6 e 0,8 pontos; e “excelente” para resultados superiores a 0,8 pontos.
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Em 2024, o Fundo de Participação Municipal (FPM) totalizou R $ 177 bilhões em transferências, mas Firjan argumenta que os municípios “precisam expandir a geração de suas próprias receitas para reduzir a vulnerabilidade a ciclos econômicos”, desenvolvendo ações para estimular a economia e gerar recursos localmente.
“Assim, além de não ser tão vulnerável a ciclos econômicos, eles darão às oportunidades da população, melhorando a renda e a qualidade de vida”, disse Luiz Césio Caetano, presidente da Firjan, em comunicado.
O IFGF é composto por indicadores que avaliam autonomia, despesas de pessoal, investimentos e liquidez. “É essencial considerar que o cenário é melhor devido aos resultados econômicos de 2024 e à maior transferência de recursos, mas que isso pode não ser repetido em outros momentos. Também é importante enfatizar que, mesmo com maior autorização fiscal, continuamos com uma parcela significativa de cidades desfavoráveis, mostrando desigualdades históricas e mantendo o Brasil longe do alto nível de desenvolvimento”, disse Caetano.
Avaliação
A autonomia, que avalia se as receitas das atividades econômicas locais fornecem despesas essenciais para a operação da máquina pública municipal, tiveram uma média nacional de 0,4403 pontos em 2024, no intervalo considerado “difícil”.
“A pontuação destaca a alta dependência dos municípios pela transferência de recursos da União para atender às necessidades mínimas locais. O estudo aponta que mais de 50% dos municípios vivem situação crítica de autonomia e que, deste grupo, 1.282 cidades não produzem receita suficiente para manter Mayor e Conselho de Conselheiros”, “Firjan disse Firjan.
Na avaliação dos gastos com pessoal, a média brasileira é de 0,7991, na zona considerada “boa administração”, a nota mais alta entre os componentes do IFGF. Firjan ressalta, no entanto, que o desempenho favorável se deve ao forte crescimento total do orçamento, “não para o ajuste na folha de pagamento, pois atualmente não é possível devido à legislação”. “As cidades alocam, em média, 46% da receita para essa despesa. Em um período de baixa coleta, esse percentual atingiu 56,1%”, disse a entidade.
Em relação ao investimento municipal, a média foi de 0,7043 pontos, na área de boa administração, graças a um destino de, em média, 10,2% da receita para investimentos públicos. “Esta é a maior porcentagem registrada na série histórica do IFGF. Além disso, 1.601 cidades ganharam a nota máxima no indicador (1 ponto), alocando mais de 12% do orçamento para essa despesa”, disse Firjan.
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