O ministro das Finanças, Fernando Haddad, disse na segunda -feira (5) que o Brasil está interessado em se aproximar dos Estados Unidos, assim como o fez durante a administração de Joe Biden.
“Faremos isso no governo Trump”, disse Haddad em um painel da Conferência Anual do Instituto Milken em Los Angeles.
Para o ministro, o país está em uma posição estrategicamente muito favorável, independentemente dos desafios globais, porque defende princípios aderentes à necessidade de regulobalização sustentável.
“O Brasil defende multilateralismo, o Brasil tem todas as parcerias consolidadas com o sudeste da Ásia, com a Europa, conosco, Mercosur, tem grandes relações com os grandes blocos econômicos, acabamos de fechar um acordo com a União Europeia”, disse Haddad.
Em relação aos EUA, o ministro afirmou que existem complementaridades importantes entre as economias americanas e brasileiras. “É um território geopolítico muito favorável ao investimento, representa a certeza legal, representa a segurança política, representa a segurança energética, sustentável, porque é um continente capaz de produzir energia limpa”, disse Haddad, afirmando também que o país tem uma diplomacia muito tradicional e multilateral.
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O chefe da equipe econômica também mencionou que o país está avançando na criação de um ambiente de negócios favorável ao investimento e tem tudo para crescer de forma sustentável a uma taxa média de 3% ao ano.
“É nosso objetivo nos quatro anos do mandato do presidente Lula crescer em média 3%, porque esse é um tipo de piso do qual podemos sonhar com uma economia mais sólida e mais justa do ponto de vista social”, disse Haddad.
COP30
O Ministro das Finanças disse que também acreditava que o trabalho realizado pela presidência brasileira no G20 durante o ano passado ajudará nos processos da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) deste ano, que ocorrerá no Brasil.
“Aproveitamos o fato de que presidíamos o ano seguinte para começar a lidar com os mesmos jogadores, para que tivéssemos um maior sucesso na COP30, o que é decisivo para o futuro do que entendemos para o desenvolvimento sustentável”, disse Haddad, destacando o país poderá colocar uma agenda mais ambiciosa na causa ambiental.
BRICS
Também questionou sobre a evolução do bloco BRICS, Haddad mencionou as recentes aderências e importância do grupo em “forçar o multilateralismo”.
“O mundo, até recentemente, há 20 anos, estava muito acostumado a pensar em G7, G8, G7 com três convidados, com quatro convidados. Agora que você abre um pouco mais e reconhece que existem novos atores no cenário global, que têm um destaque muito alto, você começa a mudar um pouco a ordem das coisas”, disse Haddad.
Ele ressaltou que os países do BRICS hoje representam dois terços da população mundial, o que faz do bloco um grupo que pode efetivamente tornar as propostas da organização para a cooperação econômica (OCDE).
“Que novas ordens sejam feitas de reformas institucionais, reformas de organismos multilaterais. Isso está ficando mais fácil em um ambiente ligeiramente plural. Então, acho que o diálogo do BRICS com esta agenda para ampliar o debate para facilitar as reformas institucionais necessárias”, disse o ministro.
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