Indigo Brasil lança operação para pequenas e médias empresas

A Indigo Brasil, gestora de estacionamentos, aposta na diversificação da atuação no país com o lançamento do Indigo Light, modelo voltado para pequenas e médias empresas. A estratégia amplia a atuação da empresa, que até então se concentrava em grandes empreendimentos como shopping centers, aeroportos e arenas, e busca atingir segmentos como supermercados, academias, redes varejistas e edifícios corporativos.

Em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo da CNBC, o CEO da Indigo Brasil, Thiago Piovesan, afirmou que a iniciativa faz parte de um movimento global da empresa, presente em dez países, para adaptar serviços a diferentes culturas e mercados. Segundo ele, o Indigo Light se inspira em operações já consolidadas no Canadá e foi desenvolvido no Brasil ao longo de um ano. “A ideia é que seja mais simples, mas com toda a tecnologia e experiência completa de uma operação mais ampla a bordo”, explicou.

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Atualmente, a Indigo gerencia cerca de 310 mil vagas em mais de 300 operações no Brasil, com presença concentrada na região Centro-Oeste. O faturamento em 2024 foi de R$ 1,6 bilhão, e a meta é crescer dois dígitos neste ano. A empresa pretende encerrar 2025 com 50 operações do modelo Light e chegar a 300 até 2027.

Piovesan destacou que o novo segmento não deverá interferir nas operações tradicionais. “Apesar de ser uma operação diferenciada, será totalmente remota para não impactar de forma mais representativa as operações já existentes”, afirmou.

IA e eficiência operacional

A Indigo também incorporou inteligência artificial na gestão de estacionamento. Piovesan disse que a tecnologia tem ajudado a prever fluxos e ajustar tarifas em tempo real, principalmente nos aeroportos. “A IA nos ajuda a criar previsões de vazão e gerenciar melhor a ocupação, as taxas de curto e longo prazo, os acontecimentos na cidade e até a previsão do tempo”, destacou.

Segundo ele, desde a adoção da tecnologia importada do Canadá, os resultados têm sido significativos. Hoje, as operações aeroportuárias representam o maior volume do grupo entre os dez países em que atua.

Apesar do aumento no número de veículos e aplicativos de mobilidade, Piovesan avaliou que ainda faltam vagas de estacionamento nos grandes centros urbanos. O mapeamento da demanda é feito com base em fatores como fluxo local, tarifas e comportamento do trânsito. “Cada solução é tropicalizada. Não tem solução que você pega e coloca e funciona. É preciso estudar e se adaptar”, afirmou.

O executivo explicou ainda que o custo do estacionamento envolve múltiplos factores, como tecnologia, pessoal, seguros e infra-estruturas físicas, o que explica os preços elevados nas regiões centrais.

Com o Brasil ocupando a terceira posição global em tamanho de operação e a segunda em plano de investimentos, a Indigo planeja manter o ritmo de expansão nos próximos anos. “Duplicamos de tamanho nos últimos três anos e a ideia é continuarmos fortes no mercado, crescendo como temos feito”, destacou.

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