Brasil caminha para inflação cada vez mais baixa

O Brasil caminha para ter um inflação mais baixadisse o economista-chefe da 4 inteligência, Thaís Zaraem entrevista com Times Brasil – Licenciado Exclusivo da CNBC.

“A inflação vem caindo de forma consistente desde o início do ano, e a chance de conseguirmos colocar a inflação dentro da meta — que é de até 4,5% — aumenta significativamente até o final do ano, o que pouparia o presidente do Banco Central de ter que escrever mais uma carta justificando porque estaríamos acima da meta.”

Segundo o economista, o Ibovespa foi impulsionado nesta sexta-feira (24) principalmente devido divulgação do índice de preços dos Estados Unidosque correspondeu às expectativas e reforçou a redução da taxa de juros pelo Federal Reserve próxima semana.

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“O principal fator que acabou animando os mercados hoje foram os dados de inflação dos Estados Unidos, que estiveram em linha com as expectativas e mostrando que provavelmente teremos um corte de juros lá na próxima semana. Isso acabou deixando os investidores mais entusiasmados, porque, se a inflação tivesse sido maior, poderia ter gerado preocupação com a continuação dos cortes de juros do Fed”, explicou.

Thaís considera, no entanto, que o processo de reancoragem das expectativas inflacionárias será lento.

“Por trás dessa desancoragem de expectativas mais elevadas para 2027 e 2028 há um componente de preocupação com o fiscal, que tende a permanecer por enquanto. Assim, a perspectiva de um aumento gradual e gotejante nas expectativas deve continuar, embora a melhoria da inflação corrente ajude a reduzir essas expectativas aos poucos.”

Volatilidade regional e reunião Lula-Trump

Quanto ao cenário externo, Thaís observou que o eleições na Argentina e o encontro entre Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trumpagendado para domingo (26), poderá gerar alguma oscilação nos mercados.

“Sempre pode acabar havendo algum tipo de volatilidade ligada ao que acontece na economia argentina, mas acredito que a influência maior dependerá do comportamento de outros ativos no exterior e da reunião de domingo. Então, o mercado brasileiro pode sofrer alguma oscilação, mas questões como tarifas ou discussões entre Lula e Trump devem pesar mais nas perspectivas de segunda-feira (27).”

Petrobras e o impacto do petróleo

O economista também comentou sobre as perspectivas para Petrobrásdestacando a importância do monitoramento sanções prometidas à Rússia e os seus efeitos no preço do petróleo.

“Agora é o momento de observar de perto o que acontecerá com as sanções prometidas à Rússia, se elas serão realmente implementadas, porque isso poderá impactar os preços do petróleo e, consequentemente, o desempenho das ações da empresa.”

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