O economista e ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loiolaavaliou que Não há espaço para redução imediata da taxa Selic e isso o corte dos juros só deve ocorrer a partir do final do primeiro trimestre ou início do segundo trimestre de 2026. A análise foi feita em entrevista com o Times Brasil – Licenciado Exclusivo da CNBC.
Segundo Loiola, o inflação tem dado sinais de melhoramas ainda permanece próximo do alvo. “As notícias são boas no que diz respeito à inflação, mas ainda está acima da meta”, disse ele. Ele afirmou que Banco Central deverá ter queda modesta na Selicdo atual 15% a cerca de 12,5%interrompendo o ciclo para observar o comportamento dos preços.
Política fiscal e credibilidade
Ao comentar a situação das contas públicas, Loyola avaliou que há pessimismo justificado em relação à política fiscal do governo. Em sua análise, o aumento de gastos e redução de impostos sem compensação aumentar o défice e enfraquecer a confiança do mercado.
“O governo não tem conseguido compensar as reduções de impostos com aumentos de outras receitas”, afirmou. Para o economista, a meta fiscal perdeu credibilidade nos últimos meses. “Uma meta é uma meta. O défice real é outra coisa”, disse, lembrando que o governo iniciou o seu mandato aumentando o défice público.
Loyola considera que qualquer medida de ajuste é positiva, mas ressalta que mudanças recentes não alteram a situação de desconfiança.
Mudança de objetivos e riscos de instabilidade
Questionado sobre a possibilidade de o governo rever o Meta fiscal para 2026o ex-presidente do BC defendeu transparência. “Não adianta mudar a meta para dar mais espaço se a realidade fiscal continua negativa”, afirmou. Segundo ele, alterar a meta apenas reforçaria a percepção de afrouxamento.
“O ideal seria que o governo trabalhasse mais a questão do corte de gastos. É difícil fazer isso às vésperas de eleição, mas mudar a meta envia um sinal ainda pior aos agentes econômicos”, analisou.
Intervenção cambial e estabilidade do mercado
Loyola também comentou a recente decisão do Banco Central realizará leilão de dólar à vista combinado com swap reversooperação de aproximadamente US$ 1 bilhão. Ele classificou a medida como ação preventiva para reduzir a volatilidade da taxa de câmbio. “O Banco Central deve ter visto algum movimento esperado no mercado e se antecipado para dar mais liquidez”, explicou.
Reformas e prioridades pós-2026
O economista afirmou que A partir de 2027 será necessário retomar uma agenda de reformas estruturais para conter o crescimento da despesa pública. Ele citou o reforma administrativa e um nova rodada de ajustes previdenciários como medidas essenciais.
“O governo precisa evitar ajustes nos benefícios acima da inflação e buscar maior flexibilidade na alocação orçamentária”, afirmou. Para Loyola, o mais importante é manter uma trajetória credível de redução do déficemesmo que o ajuste seja gradual. “O que importa para o mercado é uma sinalização credível”, destacou.
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